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Chuva de meteoros da constelação de Gêmeos ocorre nesta quarta e quinta

Por G1

A chuva de meteoros da constelação de Gêmeos (Gemínidas) deve iluminar o céu a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (13), com melhor visibilidade a partir da meia-noite. A agência espacial americana Nasa afirma que será a melhor chuva do ano.

O fenômeno poderá ser visualizado a olho nu no mundo inteiro, inclusive no Brasil. O céu mais limpo facilita a visualização.

“É a melhor chuva de meteoros do ano para os habitantes do hemisfério sul”, diz Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro da comissão de imprensa da Sociedade Astronômica Brasileira.
A lua não estragará o show, garante a Nasa, que transmitirá a chuva de meteoros ao vivo. Segundo Bill Cooke, do escritório de meteoros da agência americana, como a chuva Perseidas foi obscurecida pela lua em agosto, Gemínidas deve se destacar em 2017 e ser a melhor chuva de meteoros do ano.

A previsão é de cerca de um meteoro por minuto (ou seja, 60 por hora), diz a Nasa.

“Isso é um número médio, que depende de condições ideais, mas podemos chegar a 100 meteoros por hora”, diz Rojas. Segundo ele, nas grande cidades, deve ser possível ver apenas cerca de dez por hora ou menos, já que nesses centros há muita iluminação artificial.

A dica do astrônomo é ter paciência e olhar ao menos durante uma hora para o céu. “Tem hora que vem um monte e depois há uma calmaria. É bom também chamar mais gente, porque os meteoros podem ser mais visíveis em diferentes partes do céu”, diz.

Gemínidas no Hemisfério Norte em 2016; chuva deve ser a mais brilhante do ano (Foto: Jeff Dai/Arizona State University)

Asteroide que dá origem à chuva ficará mais próximo da Terra

Meteoros ocorrem quando a Terra se aproxima de um asteroide. Fragmentos desse asteroide, ao adentrarem na atmosfera terrestre, ‘queimam’ — o que deixa um risco luminoso.

No caso de Geminidas, a chuva ocorre quando a Terra se aproxima do asteroide Phaeton 3200. Segundo a Nasa, será o mais perto que o nosso planeta estará do Phaeton desde sua descoberta em 1983.

A proximidade do asteroide com a Terra possibilitará que os astrônomos o estudem mais detalhadamente. “Com a menor distância, será possível gerar imagens de radar”, explica Rojas.

As chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra e acontecem praticamente todos os meses, mas algumas não têm ampla visibilidade, explica o Observatório Nacional.

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