Desproporcional ao agravo
O pedido de desculpas do deputado Daniel Zen (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, foi desproporcional às ofensas que ele proferiu nesta semana contra o colega Gehlen Diniz (PP/foto). Pela simples razão de que estas últimas foram expressas da tribuna, ao passo que as escusas, manifestas num grupo de WhatsApp.
Ofensa generalizada
Zen, a propósito do que lembrou o deputado Jairo Carvalho (PSD), se referiu a Sena Madureira com menosprezo, ao recomendar a Gehlen Diniz que voltasse ao ‘buraco’ de onde veio.
Tapa na cara
Foi além, ao menoscabar também o legislativo do município, sugerindo que o colega do PP não teria envergadura moral para agir na Aleac com a mesma ‘desenvoltura’ de um vereador sena-madureirense.
Impensável
Em outros anos, seria inimaginável uma reação tão dura e virulenta por parte do líder do governo, cujos pronunciamentos, outrora, eram adornados pela polidez e enriquecidos pela ironia.
Memorável
E se o futuro candidato do PT à sucessão de Tião Viana for mal votado pelas bandas do Iaco, que nos lembremos desse episódio. Afinal, ele não será tão facilmente esquecido pelos moradores de Sena Madureira.
Explicação possível
O que vimos dias atrás está mais para um grito de desespero por parte daqueles que vão às urnas desgastados por 20 anos de poder local e tingidos pelas evidências da maior roubalheira que esta República já testemunhou.
Coercitivamente
E o pior: com um pré-candidato dias atrás levado à unha pela Polícia Federal para depor sobre o suposto sumiço de mais de R$ 700 milhões destinados às estradas do Acre, à época em que Marcus Alexandre chefiava o Deracre.
À flor da pele
Não surpreende que o petista Daniel Zen tenha perdido o rebolado diante do pronunciamento de Gehlen, que lembrou esse fato, somando-o ao caos em que se encontra a segurança pública – em referência à escolha do secretário Emylson Farias (PDT) como vice de Marcus Alexandre.
Há 11 meses da eleição
Ora, nós compreendemos haver motivos de sobra para o destempero. Mas se o pedido de desculpas fosse mesmo pra valer, que Daniel Zen o tivesse formulado da tribuna, e não no grupo dos deputados no WhatssApp. Errou duas vezes o parlamentar petista. E olha que ainda nem chegamos no ano da eleição para o governado estadual.
Revelações
A grande imprensa noticiou na noite desta sexta-feira (1º) que o ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada teria contado à Polícia Federal sobre uma suposta conta bancária em Madri, na Espanha, administrada pelo lobista Milton Pascowitch, e abastecida com propinas resultantes de contratos com a Petrobrás. Segundo Almada, os beneficiários seriam o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, ambos do PT.
Delação premiada
Dado em junho, o depoimento só veio a público agora, após a retirada, pelo juiz Sérgio Moro, do sigilo judicial em que tramitava. Gerson Almada fechou acordo de delação premiada.
Quase um milhão de reais
Segundo ele, os contratos dissimulados com a empresa de comunicação Entrelinhas tinham como finalidade o pagamento de propinas ao ex-ministro José Dirceu. Mediante o fornecimento das notas fiscais pela Entrelinhas, a Engevix pagou, de 2011 a 2012, o valor de R$ 900 mil.
Aposentadoria
Almada relatou ainda à PF ter entendido, em conversa com Milton Pascowitch, que parte da comissão pedida seria destinada à ‘aposentadoria do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva’.
Declaração de apoio
Depois do PPS, foi a vez do PR da ex-deputada Antônia Lúcia declarar apoio à pré-candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao governo do Acre. O encontro ocorreu esta sexta-feira (1º), na sede do PR.
Fatura
Junto com a declaração, o PR entregou a ‘fatura’, ao apresentar o médico Eduardo Veloso como postulante a vice na chapa do senador.
Tucanos indicam
Gladson afirmou estar aberto às indicações dos aliados, pontuando que a escolha será feita com base na decisão do PSDB.
Consenso
Quanto a Tião Bocalom (DEM), o senador declarou que seu apoio é imprescindível. “Espero poder contar com ele. Acredito que chegaremos ao consenso”, assegurou.
Resposta à altura
Já em relação aos adversários do PT, que têm dito lhe faltar experiência para governar, o senador progressista alfinetou: “Experiência pra governar eu tenho. O que não tenho é a experiência deles de ter a Polícia Federal batendo na minha porta de manhã cedo. Essa triste experiência, realmente eu não tenho. Vou fazer um governo limpo e equilibrado”, concluiu.
Revogaço
Projeto de autoria do vereador Emerson Jarude (Livres) pretende desburocratizar, organizar e modernizar as leis do município de Rio Branco. A ação, apelidada de “Revogaço”, pretende ainda revogar as que estão em desuso.
Escrito à mão
O primeiro passo da proposta é a catalogação de cada uma das leis produzidas desde 1963, ano de fundação da Câmara Municipal de Rio Branco. O livro no qual essas leis constam ainda está escrito a mão, e não foi catalogado.
Maior transparência
Segundo a Procuradoria Jurídica da Câmara, esse trabalho ainda não foi feito por falta de pessoal. A procuradora Evelyn Andrade ressalta que o projeto de Jarude contribuirá para dar transparência ao legislativo municipal.