Há 38 anos coletando estatísticas sobre assassinatos de homossexuais e transgêneros no país, o Grupo Gay da Bahia (GGB) registrou um aumento de 30% nos homicídios de LGBTs em 2017 em relação ao ano anterior, passando de 343 para 445.
A informação foi publicada pelo O Globo. A cada 19 horas, conta a publicação, um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da “LGBTfobia”, o que faz do Brasil o campeão mundial desse tipo de
No Acre, os dados assustam: a média de assassinatos do tipo é disparadamente superior que a média nacional. Em 2017 a média de assassinatos e mortes de LGBT no Brasil foi de 2,14 por um milhão de habitantes, 0,45 superior em relação a 2016 (1,69).
O Acre? Inacreditáveis 8,44 mortes por milhão de pessoas, sendo a média nacional 2,14 e a regional, 3,23, duplicando o número de mortes em relação ao ano anterior.
Os dados não são absolutos, já que o Estado ainda não possui 1 milhão de habitantes.
Outros estados
Os estados que notificaram o maior número de homicídios e suicídios de LGBT em 2017 em termos absolutos foram São Paulo, com 59 vítimas, Minas Gerais, com 43, Bahia, com 35, e Ceará, com 30. A Região Norte continua acima da média nacional, mantendo a mesma liderança dos anos anteriores, com 3,23 mortes por um milhão de pessoas.
Pela primeira vez, nos últimos cinco anos, o Nordeste deixou de ser a segunda região mais homotransfóbica, ultrapassado pelo Centro-Oeste, com 2,71 mortes por milhão de habitantes, baixando o Nordeste para 2,58.
As regiões meridionais são proporcionalmente as mais tolerantes às minorias sexuais, avalia o documento: no Sudeste, a média é 1,70 mortes por cada milhão e o Sul, 1,52.