Analisando mais a fundo os dados fornecidos pela Associação Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), foi possível perceber a drástica diferença entre o aumento no salário mínimo executado pelo Governo Federal e a subida nos preços em itens considerados vitais para o bem-estar da população acreana.
Se o valor inserido no novo montante do salário mínimo foi a pífia quantia de R$ 17 (1,81%), o mesmo não pode se dizer sobre o aumento nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, itens que tiveram uma quantidade quase não mapeável de reajustes devido a nova política de preços da Petrobras.
Gasolina fechou o ano com o preço médio de R$ 4,81 registrando uma alta de 13% /Foto: Reprodução
Podendo fazer um número incontável de alterações durante o mês, na tentativa de dinamizar o valor dos combustíveis às variações do mercado internacional, a Petrobras exerceu mais vezes o direito de aumentar o valor de seus produtos que o contrário.
Se os moradores de cidades mais próximas ao litoral já sentiram o peso das adequações de preço, para os moradores do Acre a dor no bolso foi ainda maior. Com as justificativas de que o transporte e a logística são mais complicadas, os postos de gasolina em todo território acreano deixaram a vida dos condutores de veículos do Estado bem mais apertada.
Petrobras exerceu mais vezes o direito de aumentar o valor de seus produtos que o contrário /Foto: Reprodução
A gasolina, que iniciou o ano de 2017 com o valor em média de R$ 4,25, até apresentou uma queda no preço em meados de julho, quando registrou preço de R$ 4,08 por litro na maioria das bombas do Estado. No entanto, a alegria dos acreanos não durou muito, já que em dezembro o combustível mais utilizados pelos condutores do Estado fechou o ano com o preço médio de R$ 4,81, registrando uma alta de 13%.
NA COZINHA
As famílias e restaurantes acreanos também acabaram ‘pagando o pato’ das adequações mensais da Petrobras. O gás de cozinha (GLP) iniciou o ano com o valor de R$ 60,55 na botija de 13kg na maioria das distribuidoras do Estado. Contudo, o encerramento do ano não trouxe boas notícias aos consumidores acreanos, já que o produto, indispensável nas cozinhas da ‘terrinha de Galvez’, bateu a marca de R$ 76,72 em média, registrando um aumento superior a R$ 16.
O encerramento do ano não trouxe boas notícias aos consumidores acreanos /Fotos: Victor Moriyama/Folhapress,
OUTROS DADOS
O óleo diesel, combustível utilizando em diversos maquinários e veículos em todo o Estado, também sofreu diversas alterações em seu preço no decorrer do ano.
Em janeiro o combustível registrava o preço médio de R$ 3,79. Porém, com o passar dos meses, as incontáveis variações e a chegada de dezembro, o diesel podia ser encontrado por R$ 4,10 em média nos últimos dias do ano.
