19 de abril de 2024

Pimenta no Reino: hipótese de pré-candidatura ao Senado de Mara Rocha foi ignorada pela oposição

Vaticínio
Pelo andar da carruagem, e a intensidade das chuvas neste inverno amazônico, é possível concluir que o prefeito Marcus Alexandre (PT) renunciará à prefeitura, em abril, sem que tenha cumprido a responsabilidade de recuperar as vias da capital, entre outras atribuições que lhe foram impostas com a vitória nas eleições de 2016.

Equação política
Some-se ao desgaste de deixar a cidade nas mãos da vice sem cumprir a tarefa de tapar os buracos que se multiplicam – sobretudo nos bairros periféricos – ao fato de que o seu padrinho político, o governador Tião Viana, amargar a mais baixa aprovação popular entre todos os governos da FPA nos últimos 20 anos, e teremos a equação em que se dará a campanha do petista ao Palácio Rio Branco.

Megacontradição
A propósito, pode não soar contraditório aos companheiros o fato de que, em campanhas passadas, eles tenham atacado os adversários por um deles ter renunciado ao cargo de prefeito da capital para concorrer ao governo e outro por não ter nascido no Acre – e agora apresentem um paulista reeleito para a prefeitura como postulante ao posto de governador. Aos eleitores, porém, isso também não passará despercebido.

Chá de sumiço
De volta das férias, o petista Marcus Alexandre continua fora do noticiário. Antes mesmo de ausentar-se do cargo, a coluna questionou o sumiço e foi alvo da reclamação de sua assessoria de imprensa. Qual será a justificativa dessa vez?

Ilação pertinente
Há dias sem receber o catatau de releases sobre os ‘feitos’ do prefeito de Rio Branco, este colunista volta a suspeitar que Marcus Alexandre tem se dedicado às lições sobre os problemas do Estado e às estratégias de campanha, em detrimento das suas atribuições como gestor do município.

Espaço aberto
A assessoria do prefeito pode rechaçar da forma como bem entender os comentários da coluna, uma vez que, de tão acostumados que estão com a docilidade da imprensa, quaisquer críticas lhe soam como graves ofensas. E torcemos para que de fato nos contestem, pois pelo menos assim darão ao eleitor satisfação relativa às ocupações atuais do Sr. Marcus Alexandre.

Traque
O anúncio da pré-candidatura ao Senado da jornalista Mara Rocha pelo PSDB não teve qualquer impacto sobre a oposição. E o argumento segundo o qual ela é conhecida dos eleitores por ter apresentado os principais jornais televisivos nos seus 26 anos de profissão não a credenciam a vencer, sequer, uma disputa para a Assembleia Legislativa do Acre, quanto mais ao Senado da República.

Musculatura
Com a disputa polarizada entre Jorge Viana (PT), Ney Amorim (PT), Marcio Bittar (MDB) e Sérgio Petecão (PSD), é muito provável que dona Mara dispute o cargo para ganhar musculatura para as eleições de 2020, na qual venha a pleitear uma vaga na Câmara de Vereadores da capital. Como ocorreu com o advogado e hoje vereador Roberto Duarte Júnior (MDB).

O que pretendem os tucanos, afinal?
Outra questão a ser ponderada nessa história é o papel do PSDB do Major Rocha, irmão da jornalista, que chegou a endossar a indicação do vice na chapa de Gladson Cameli (Progressista). Com o anúncio, tudo soa muito estranho – não obstante a justificativa de que foi durante encontro do PSDB Mulher em Brasília que se supostamente deliberou a pré-candidatura da Sra. Mara Rocha.

Reação isolada
O único a reagir ao fato foi o senador Sérgio Petecão, que teria dito a aliados que se o PSDB chancelar o nome da jornalista, ele lançaria o nome da esposa, Marfisa Galvão, para a Câmara Federal.

Guardem os rojões
E não adianta os companheiros comemorarem o anúncio feito pela própria Mara Rocha. Numa eventual confirmação do seu nome para o Senado, ela tanto pode receber votos nos nichos da oposição quanto do governo.

Idas e vindas
Demitida da TV Gazeta, Mara Rocha fez questão de dar conotação política ao fato, no que foi abraçada por outro veículo de comunicação com grande alarde. Não tendo durado no novo emprego, reapareceu sob os holofotes como um nome passível de figurar de vice na chapa do senador Gladson Cameli, pré-candidato ao governo do Acre pelo Progressista.

Mudança radical
Talvez por não ter vingado a propositura, ela agora reaparece como postulante a uma vaga no Senado. E não deixa de ser curioso que, de jornalista, a senhora Mara Rocha faça de tudo para ser a própria notícia.

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