Crise que nada!
Gestada nos governos dos petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff, a crise econômica que já devolveu à pobreza mais de 6 milhões de brasileiros não chegou ao gabinete do governador Tião Viana.
Despesas
Em levantamento feito no Portal da Transparência do Executivo do Acre este colunista constatou que as despesas da Casa Civil, entre janeiro e dezembro de 2017, ultrapassaram a marca dos R$ 4,2 milhões. É um montante superior aos repasses feitos a inúmeros órgãos públicos responsáveis em atender as demandas da população.
Diárias
Só em diárias, o governador Tião Viana embolsou, no ano passado, exatos R$ 65.235,80. Os valores variam entre R$ 461,20 e R$ 7.506,20 – sendo esta última relativa a uma viagem que o governador fez ao Rio de Janeiro, para reunião no BNDES, seguida de embarque para a cidade de Balikpapan, na Indonésia, onde palestrou na reunião anual da Força Tarefa dos Governadores.
Acompanhante
A ida de Tião à Indonésia se deu em setembro do ano passado, e junto com ele embarcou o porta-voz do governo, jornalista Leonildo Rosas, com diárias pagas pelo contribuinte, num total de R$ 4.044,25.
Magnânimos
A coluna não poderia cometer com Viana e Rosas a injustiça de omitir que, dada sua benevolência, ambos abriram mão de três diárias na viagem ao Rio e à Indonésia – caso contrário a fatura sairia bem mais salgada para todos nós.
Intrigante
O Portal da Transparência não detalha os custos da ida de Tião Viana e seu séquito de assessores ao Colorado, nos Estados Unidos, onde permaneceram por mais de duas semanas, bem como não há registros das despesas decorrentes da participação do governador na COP23, na Alemanha.
Portal da obscuridade
Além disso, não há registro de gastos com diárias de servidores civis estaduais durante o ano de 2017, exceto no mês de janeiro. O portal informa, apenas, que o valor destinado a esse tipo despesa foi estabelecido pelo governo em R$ 20,9 milhões – o equivalente a três vezes o montante repassado à Polícia Militar no ano passado.
Dúvidas a esclarecer
Há, ainda, pagamentos duvidosos feitos pela Casa Civil em 2017, os quais a coluna haverá de abordar assim que conseguir respostas oficiais do governo sobre a questão. Por enquanto, a conclusão é de que a gastança impera no local em que o atual governador reina absoluto.
‘Empoderada’
A prefeita em exercício do município de Rio Branco, Socorro Neri (PSB), tem batido ponto no noticiário local desde que o titular do cargo, Marcus Alexandre (PT), tomou Doril.
Férias ou campanha?
Como não houve explicação sobre a ausência do petista, e a coluna descarta a possibilidade de que ele tenha sido abduzido por extraterrestres, nossa dúvida é se o prefeito desfruta de uns dias de férias ou está ocupado com a campanha ao governo, já que Marcus Alexandre foi apresentado à população como pré-candidato à sucessão de Tião Viana.
Intensivão
A outra hipótese possível é que os petistas estejam preparando Socorro Neri para desempenhar as funções inerente ao cargo, uma vez que o prefeito terá de renunciar para concorrer nas eleições deste ano.
Correção…
O deputado estadual Gehlen Diniz (PP) enviou à diretoria do site mensagem em que ‘corrige’ informação veiculada na coluna de ontem, a qual atribuiu ao ex-deputado e atual pré-candidato ao Senado pelo PMDB, Marcio Bittar, a autoria do projeto que normatizava o recebimento de pensão vitalícia por parte de ex-governadores do Estado.
… Mas com ressalva
Gehlen está correto em afirmar que a proposta, posteriormente derrotada em votação que beneficiou o hoje senador Jorge Viana (PT), foi subscrita pelo ex-deputado João Correia (PMDB), e apresentada pelo então deputado Vagner Sales.
Novato
Noviço na política, não obstante já ter desempenhado o papel de vereador de Sena Madureira, Gehlen ignora que a proposta que normatizava o pagamento de aposentadoria aos ex-chefes de Estado foi originalmente apresentada por Bittar. Tanto que este chegou a debater o tema, na TV, com o também deputado petista Nilson Mourão, e na Aleac a contenda em torno do assunto foi travada com Marina Silva.
Pai da criança
João Correia, ao contrário do que acredita o deputado estadual do PP, contribuiu com a mudança de um dos artigos do projeto, endurecendo ainda mais os critérios de acesso ao benefício. Feito isso, pediu a Bittar permissão para que coubesse a ele apresentar a proposta.
A César o que é de César
Feita a ressalva, fica evidente a quem cabe o mérito de uma iniciativa que visava economizar os recursos públicos, através do pagamento de um benefício flagrantemente inconstitucional.
