Depois do presidente Regional do Partido Social Liberal (PSL) no Acre, Rodrigo Pires, emitir nota no último sábado (6), retirando o Livres da composição da sigla, em decorrência da filiação do presidenciável Jair Bolsonaro, nesta segunda feira (8) foi a vez do vereador de Rio Branco, Emerson Jarude, abandonar o partido.
Por meio de nota à imprensa, Jarude falou de traição do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, mencionando como ele teria sido obrigado a retirar o nome da abertura da CPI, que iria investigar os transportes públicos na Capital acreana.
Segundo Emerson, ele deixa o PSL por não concordar com “a política sorrateira” que a executiva Nacional vem implantando, esquecendo inclusive os princípios e valores morais e éticos para o qual o partido foi criado.
Confira nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
É com muita tristeza que anuncio minha saída do PSL. A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres, movimento independente que acompanho nessa decisão e que continuo a fazer parte. Eventuais intenções de votos estacionadas por um momento não valem mais que a integridade de nossos valores e a consistência permanente da nossa militância.
Como um cidadão que acredita no diálogo, respeito todos os posicionamentos favoráveis e contrários ao deputado Jair Bolsonaro por acreditar que eles são frutos da democracia. No entanto, a forma sorrateira e desleal das negociações mostrou que o PSL, na figura do seu presidente, Luciano Bivar, não se importou com o futuro que estávamos construindo.
Sofremos um ataque da velha política. É neste momento que demonstramos a consistência de nossos valores e a força da nossa união. Seguiremos firmes no propósito de transformar a política brasileira e de melhorar a vida das pessoas, sempre conectados aos anseios da sociedade. Essa é uma transformação gradual.
O que o Livres está passando é, na realidade, o mesmo processo que a sociedade brasileira vive atualmente: o de não se dobrar e, sim, buscar uma modificação de verdade, que atenda de fato o interesse público. Permanecer no PSL, mesmo com a saída do Livres seria ainda uma ingratidão com os que estenderam a mão quando precisei.
Em fevereiro de 2017, quando as diretorias municipal e estadual do PSL me pressionaram para a retirada da minha assinatura de apoio a abertura da CPI do Transporte Público em Rio Branco, a diretória do LIVRES interviu e nos salvou até mesmo de uma possível cassação, nos dando a segurança necessária para atuarmos ao lado da população.
Continuaremos fiéis aos nossos valores de liberdade, participação e transparência, amadurecendo e formalizando nosso almejado modelo de governança, por meio do qual iremos deliberar democraticamente sobre a estratégia do movimento para as eleições 2018.