A briga na oposição pode acabar no dia 16, quando Gladson definirá seu vice

Põe na conta

A imagem postada no Facebook pela usuária Ruthyane Oliveira, na qual uma pick-up da Secretaria de Assistência Social do município de Cruzeiro do Sul é usada na coleta de lixo doméstico, gerou muita polêmica na segunda maior cidade do Acre.

Assistência

A caminhonete pertence à Secretaria de Ação Social do município, mas foi usada na última segunda-feira (5) pelo serviço de limpeza pública da administração do prefeito Ilderlei Cordeiro (MDB).

Cerne da questão

A internauta, autora da fotografia, vai no cerne da questão ao sustentar 1) que o veículo não é adequado ao serviço e 2) deveria ser usado para o transporte de pessoas carentes.

Esfarrapada

Segundo Ruthyane, a justificativa da administração pública municipal foi de que o caminhão preparado para a coleta de lixo não consegue entrar na rua da denunciante. Sério?

Problema doméstico

Ocorre que se um veículo de grande porte não consegue acessar uma determinada rua, certamente será devido às condições dessa via – o que resulta na responsabilização do próprio prefeito Ilderlei Cordeiro. Além disso, se for pra responsabilizar alguém, Ilderlei poderia exonerar a esposa, Keiliane Cordeiro, que vem a ser a secretária de Ação Social de Cruzeiro do Sul.

Lado mais fraco

Mas em nota, a prefeitura esclareceu que a caminhonete estava cedida à Secretaria do Meio Ambiente. E como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, houve uma reunião com Keiliane, o motorista que dirigia a pick-up, José Francisco, e o procurador jurídico do município, Jonathan Donadoni.

Ele não é Deus!

Para justificar a lambança, Ilderlei Cordeiro recorreu ao velho discurso de que a imprensa seria responsável pela deturpação do episódio e que não é “Deus para ser onipresente, não podendo estar em todos os locais ao mesmo tempo para determinar as atitudes tomadas em desacordo com as normas da própria gestão”. Amém.

O povo paga o pato

Pra finalizar, vamos lembrar que meses atrás o prefeito cruzeirense conseguiu aprovar na Câmara de Vereadores, com a ajuda de sua base aliada, uma nova taxa sobre o recolhimento do lixo doméstico.

Não se iludam

Ninguém se engane com o ‘discurso conciliador’ dos deputados estaduais Gerlen Diniz (Progressista) e Eliane Sinhasique (MDB) durante a abertura dos trabalhos legislativos deste ano.

Comedimento

Por ser uma sessão solene, na qual se espera que o chefe de estado ou seu representante faça a leitura da mensagem governamental, é comum que os parlamentares sejam mais comedidos em seus discursos – principalmente os de oposição.

Trégua consentida

Mas como este é um ano eleitoral, não pensem os incautos que o clima carnavalesco deverá perdurar depois do Carnaval. Após a Quarta-feira de Cinzas, a cobra voltará a fumar na Assembleia Legislativa.

Crescimento

Por falar em retorno dos trabalhos legislativos, fonte da coluna, ligada à Frente Popular do Acre, afirma que a pré-candidatura ao Senado do presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), tem crescido cada dia mais.

Corte e costura

Segundo nossa fonte, não será surpresa de Ney Amorim estiver entre os eleitos em outubro, já que tem feito as costuras certas neste período pré-eleitoral.

Irrelevante

Na última entrevista que deu na TV, o senador Sérgio Petecão (PSD) relevou a polêmica criada em torno do vazamento de um áudio clandestino, no qual o ex-deputado e pré-candidato ao Senado pelo MDB, Marcio Bittar, surge com a informação de que o empresário Fernando Lage (sem partido) teria assegurado a primeira suplência com a injeção de R$ 1 milhão na campanha de Petecão.

Futricas

Já o senador Gladson Cameli (Progressista), responsabilizado atualmente até pela separação matrimonial de casais que vivem nos confins do estado, voltou a falar sobre as fofocas nas quais, vire e mexe, vê seu nome envolvido.

Prazo de validade

Gladson tem razão de sobra para se irritar com essas futricas. Mas estabeleceu prazo para acabar com elas. Será no próximo dia 16, logo depois do Carnaval – quando deverá anunciar seu vice.

Ao pé do ouvido

Antes disso, talvez entre os dias 10 e 12, o senador José Agripino Maia (RN), presidente da executiva nacional do Democratas, terá uma conversa com o deputado federal Alan Rick e o presidente regional da sigla, Tião Bocalom.

Definitivo

Esse bate-papo será fundamental para o destino o DEM no Acre. Caso não consiga convencer Agripino sobre a viabilidade da candidatura do coronel Ulysses Araújo ao governo, o partido deverá indicar Alan Rick como vice na chapa de Gladson Cameli.

Preferido

E como revelado pelo próprio senador do Progressista a este site, o deputado Alan Rick goza da preferência da maioria dos dirigentes partidários que integram a aliança.

Pela culatra

Nesse cenário, certamente o maior prejuízo coube ao deputado federal Major Rocha, que tinha o médico Eduardo Veloso como vice de Gladson, mas acabou perdendo o apoio do MDB de Flaviano Melo para a indicação. Tudo porque bravateou que a irmã seria lançada pré-candidata ao Senado pelo PSDB. É o chamado tiro pela culatra – expressão que Rocha conhece bem, por ser militar da reserva.

Tá gravado!

O governador Tião Viana ficou irritado na última segunda-feira (5) com a abordagem feita pelo estudante Giovanny Kley, no aeroporto da capital, quando este último o questionou sobre a terceirização da Saúde. É o que mostra o vídeo gravado por Kley durante o desembarque do governador.

Era só o que faltava

O mais intrigante desse episódio é que depois de chamar o rapaz de ‘mentiroso’, Tião Viana o chama para conversar ‘sem gravar’. Mas porque ‘sem gravar’, se o assunto é polêmico, diz respeito a todos os acreanos e envolve pais e mães de família que prestam serviços na área da saúde e não sabem o que serão do futuro?

Nada a declarar?

Aliás, o governador tomou a decisão mais impopular dos seus dois mandatos e ainda não deu uma declaração sequer sobre ela. Polo visto, nem vai dar…

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