“Para garantir a segurança, não vou admitir que fiquem em casa”, diz juíza sobre presos do semiaberto

Em coletiva realizada na Cidade da Justiça nesta quarta-feira (7), a juíza Luana Campos, titular da Vara de Execuções Penais, repassou que a situação de 320 presos irá mudar drasticamente. De acordo com a juíza, os presos que cumprem pena em regime semiaberto na Unidade Prisional UP4 – popularmente conhecida como Papudinha.

Sem condições de manter os presos no prédio incendiado, a juíza achou mais conveniente que os detentos retornem ao regime fechado até que sejam inseridos gradativamente com a distribuição das tornozeleiras eletrônicas.

Juíza fez o anúncio nesta quarta-feira (7). Foto: Reprodução

Ainda segundo a juíza, fora os 320 presos do semiaberto, existem na unidade outros 72 que cumprem pena em regime fechado, que seriam agentes da segurança pública, políticos ou empresários que cometeram crimes e foram condenados.

A juíza também está solicitando ao presídio do Quinari o remanejo para aquela unidade. Os demais deverão se apresentar ainda nesta quarta-feira no presídio Francisco de Oliveira Conde sobre aviso prévio de que, caso faltem, será expedido mandado de prisão e serão considerados evadidos da justiça.

“Para garantir a segurança da sociedade eu já adianto que eu não vou admitir que eles fiquem em casa. Nós estamos chegando em um período de Carnaval e temo que seria bastante perigoso para a sociedade que mais de 320 presos fiquem na rua sem qualquer controle. Digo isso porque hoje o Estado não tem equipamento de monitoração eletrônica. A solução que dei é: peço a todos os reeducandos que cumprem a pena em regime semiaberto na Papudinha se desloquem até o presídio Francisco de Oliveira Conde e lá permaneçam até que a gente consiga inseri-los gradativamente na monitoração eletrônica. Quem não cumprir essa ordem será considerado como evadido do sistema prisional. Vou operar a regressão definitiva para o regime fechado e aí ele já fica preso definitivamente”, disse Luana Campos.

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