20 de abril de 2024

Pimenta: “Pesquisa de intenção de votos acende a luz vermelha nos bastidores do PT”

Elementar, caro Marcus!

Não é de pasmar que o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), esteja planejando se mudar para Cruzeiro do Sul em meados de abril, após se desincompatibilizar do cargo para disputar o governo estadual.

 

Luz vermelha

A pesquisa de intenção de voto para o governo e Senado da República, recém-divulgada pelo Instituto Haverroth, de Rondônia, revelou empate técnico entre o petista e o pré-candidato ao governo pelo Progressista, Gladson Cameli, em plena capital do estado.

Apelação

A julgar pelo bairrismo que impera pelas bandas do Juruá, acrescido ao fato de Marcus Alexandre ser um forasteiro em terras acreanas (oriundo do interior do estado de São Paulo, como sabemos), nada mais autoexplicativo do que sua intenção de virar inquilino em Cruzeiro do Sul.

Ineditismo

Tal expediente jamais foi cogitado na história dos mandatários petistas no estado, mesmo ante o currículo de sucessivas vitórias eleitorais sobre os opositores.

Palmo a palmo

Ora, se no maior reduto do petismo acreano o prefeito terá de disputar palmo a palmo os votos do eleitorado com o senador Gladson Cameli, nas demais regiões do Acre, onde é conhecido só de nome, seu desempenho apenas pode ser conjecturado até que as pesquisas ulteriores nos desmintam (ou confirmem!) as suposições.

Capital

O levantamento do Instituto Haverroth, feito entre os dias 9 e 20 deste mês com 500 eleitores na capital, e cujo registro no Tribunal Regional Eleitoral se deu sob o número AC-02237/2018, aponta o percentual de 39,6% dos votos para o petista e 38,1% para Gladson.

Oscilação estatística

Como a margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais, Marcus Alexandre pode ter, atualmente, tanto 42,1% como 37,1% das intenções de voto, contra, respectivamente, 35,6% ou 40,6% de Cameli.

Desgaste

No primeiro caso, a vantagem de Marcus Alexandre seria – convenhamos – irrisória sobre o adversário, considerando a megaexposição do prefeito na mídia todos os dias. No segundo, o cenário confirmaria o cansaço do eleitorado em relação às sucessivas administrações do PT no governo e na prefeitura da capital.

Olho grande

Haverá de pesar ainda sobre os ombros de Marcus Alexandre o desgaste decorrente de sua iniciativa de largar a prefeitura para aventurar-se, dois anos depois de ser reeleito para o cargo, na disputa pelo Palácio Rio Branco.

Bumerangue

E da mesma forma como explorou o tema no passado, inclusive contra a deputada estadual Eliane Sinhasique, opositora do petista no pleito de 2016, o PT se vê agora obrigado a prestar contas da acusação outrora alardeada contra os oponentes.

Feito surpreendente

Com a campanha deste ano desde já polarizada entre as forças petistas e progressistas, há que se considerar o desempenho do coronel Ulysses Araújo, que ostenta 10,9% das intenções de voto.

Nas asas de Bolsonaro

Aliado de Jair Bolsonaro, o presidenciável que aparece sempre em segundo colocado nas sondagens para a Presidência da República, é de se esperar que Ulysses ganhe ainda mais terreno no decorrer da campanha – mas não a ponto de surpreender os concorrentes.

Decisivo

O mais importante a destacar aqui será a decisão de Ulysses após o primeiro turno – na eventual possibilidade de que tenhamos um segundo. É óbvio que seu apoio será decisivo no desfecho da eleição.

Fraturas

E a julgar pelas fraturas expostas em decorrência da renúncia ao cargo de subcomandante da Polícia Militar do Estado, do qual Ulysses abriu mão devido à polêmica supressão da ‘etapa alimentação’ do soldo dos PMs, sua tendência certamente não será a de apoiar o petista Marcus Alexandre.

Senado

Na disputa pelo Senado Federal, Sérgio Petecão (PSD) aparece tecnicamente empatado com Jorge Viana (PT) e Marcio Bittar (MDB). Os percentuais são, respectivamente, os seguintes: 23,7%, 21,1% e 20,2%.

Interior

Com esse empate técnico na capital, caso as eleições fossem hoje, a decisão caberia aos eleitores do interior.

Sequência

Na sequência da disputa ao Senado aparecem o deputado estadual Ney Amorim (13%) e o reitor da Universidade Federal do Acre, Minoro Kimpara (8,9%). Não souberam responder 13%.

Mistérios

Outras considerações a serem feitas pela coluna, relativas à mesma pesquisa, dizem respeito a alguns ‘mistérios’ que envolvem o trabalho do Instituto Haverroth no Acre.

Decifra-me, ou te devoro!

O primeiro enigma diz respeito à divulgação tão-somente dos números tabulados com os resultados do levantamento na capital. Estranha que a empresa tenha ouvido 1960 eleitores em nove municípios do Acre e o resultado final apresentado esteja restrito a 500 – todos da capital.

Me engana que eu gosto!

Mais estranho ainda é que o Haverooth tenha declarado à Justiça Eleitoral ter feito a pesquisa por conta própria, sem a encomenda de quem se dispusesse a cobrir os gastos de uma empreitada que sabemos tão dispendiosa.

Acredite se quiser

Outra singularidade, desta vez na divulgação dos dados, é que a jornalista Mara Rocha, pretensa candidata ao Senado pelo PSDB, tenha tido seu percentual de votos apresentado apenas na eventual substituição do nome de Bittar – hipótese que daria a ela inacreditáveis 20,1% dos votos!

Estômago de tubarão

Por fim, registra-se ainda que a despeito de toda a campanha contrária, o ex-deputado Marcio Bittar segue firme na disputa pelo Senado. Poucos sobreviveriam a uma cruzada da qual participam ‘aliados’ e adversários – e à qual ele resiste com estômago de tubarão.

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