Políticos do Acre divergem sobre resolução que permite autofinanciamento de campanha

Após a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral publicada no Diário Oficial Eletrônico no último dia 2, que trata do autofinanciamento de campanha eleitoral, a reportagem da ContilNet ouviu alguns líderes políticos e partidários no Acre sobre o assunto e alguns são contrários à medida, que ainda pode sofrer alterações, mas já causa divergências.

Senador Sérgio Petecão (PSD). Foto: Reprodução

O senador Sérgio Petecão (PSD), que pretende disputar a reeleição, diz ser favorável à resolução: “É bem melhor que cada candidato pague por suas campanhas eleitorais que serem bancados com recursos públicos”, diz Petecão.

“Eu sou totalmente favorável. Por exemplo, se uma empresa financia R$ 1 milhão em determinado candidato, com certeza essa empresa quer lucrar lá na frente com R $ 10 milhões. Essa resolução vai acabar com isso e vai diminuir os crimes de corrupção”, defendeu o senador.

Vice-presidente do Democratas no Acre, Frank Lima. Foto: Reprodução

Já para o vice-presidente do Democratas no Acre, Frank Lima: “Essa resolução é um estupro à Democracia. Novas lideranças partidárias ou comunitárias, se pleitearem uma disputa a cargo eletivo, sem dinheiro serão esmagados como um trator pelos candidatos ricos, muitos deles que já enricaram às custas da corrupção. Eu espero sinceramente que essa resolução seja mortificada, ou estaremos fadados a ser governados sempre por velhas raposas, acostumadas a mamar do dinheiro público”, lamenta o dirigente do DEM.

Marcia Bittar, líder do Solidariedade no Acre. Foto: Reprodução

Para a líder do Solidariedade no Acre, Marcia Bittar, a resolução vai baratear as campanhas. “Existem limites e já é proibida a doação privada. Depois da lambança que vimos de fortunas serem gastas em campanhas, distorcendo o resultado, essas novas regras moralizam e barateiam as campanhas eleitorais”, argumentou Bittar.

Já para a deputada estadual do MDB, Eliane Sinhasique, que recentemente publicou um livro com o título “Como ganhar as eleições sem comprar votos”, disse que a resolução não muda nada para ela. “Minhas campanhas sempre foram pé no chão e com argumentos. Dinheiro só para combustível e material gráfico, como santinhos, adesivos e placas. O essencial e necessário para convencer o eleitor. Campanha tem que ser no corpo a corpo e nas redes sociais. Coisa que já faço no dia a dia do mandato”, revelou a parlamentar.

Entenda mais sobre a Resolução do TSE clicando AQUI.

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