Derrota na Aleac mostra enfraquecimento do governo de Tião Viana

Sintoma 
É sintomática a derrota sofrida pelo governador Tião Viana na Assembleia Legislativa, na votação do projeto de lei que visava transferir, às Organizações Sociais, a gestão do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco e das UPAs da capital.

Raquitismo
Ocorre que o atual governo do PT sofre – metaforicamente falando – de uma enfermidade conhecida pelo nome de raquitismo. E de sua frágil musculatura política é que decorrem os inúmeros dramas vividos no dia a dia da população e o motim visto nesta quarta-feira.

Leitura
Com ampla maioria na Assembleia Legislativa, o governador Tião Viana viu o seu projeto de terceirização rejeitado por, no mínimo, duas razões: a primeira delas é que sua força política declina na mesma medida em que aumenta impopularidade do governo; a segunda diz respeito aos deputados aliados cuja astúcia os levou a não emprestar o pescoço à guilhotina das urnas.

Um sopro antes da mordida
Restou ao derrotado Tião Viana a reação costumeira: sempre que um revés lhe bate à porta, ele lança mão do seu manual de insultos. Em nota, tratou de ser pródigo em elogios ao líder do governo na Aleac, Daniel Zen (PT), tão-somente com o propósito de xingar de covardes os que que não se curvaram a ele.

Elementar
Fosse este um governo pujante, aclamado pela opinião pública e capaz de resolver os problemas do povo, o resultado da votação do PL certamente teria sido outro.

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Dada, porém, a tibieza política do atual governo, nem mesmo sua base de apoio na Aleac lhe ampara as propostas. E o que pode parecer apenas um mero contratempo, no fundo evidencia o começo do fim de um longo ciclo de poder.

Conformação
Nos últimos dias caiu a ficha dos fanáticos seguidores do ex-presidente Luiz Inácio sobre a irreversibilidade do seu destino. O próprio Lula já se diz pronto para o cárcere. Falta só a justiça determinar que a polícia o conduza ao seu novo ‘tríplex’.

Indefinição
Até a noite de ontem (14), véspera do evento marcado pela oposição para a indicação do vice do senador Gladson Cameli, pré-candidato ao governo pelo Progressista, ainda não havia uma definição sobre o escolhido.

Corrida contra o tempo
O presidente da executiva regional do Progressista, José Bestene, afirmou à coluna, por telefone, que a decisão deverá ser tomada na manhã desta quinta-feira (15), tão logo Gladson desembarque no estado.

Ficou o registro
Na coluna anterior, chamamos a atenção para o fato de que a nota emitida pela assessoria do senador, informando sobre o anúncio do seu vice, não citava o nome do deputado federal tucano Major Rocha. Eis – agora se sabe – o porquê.

Vale-tudo
Bestene não descartou a possibilidade de que o indicado seja o coronel Ulysses Araújo (sem partido), por enquanto concorrente de Gladson na disputa pelo Palácio Rio Branco. “Tudo é possível”, disse sobre a possibilidade de Ulysses compor a chapa.

Ninguém se entende?
A adesão de Ulysses à aliança capitaneada por Gladson resolveria o problema de uma segunda candidatura ao governo pela oposição. Em compensação, bastou ser cogitada para gerar outras arestas dentro da coligação.

Réplica
Em resposta às críticas que recebeu de deputados oposicionistas, o coronel frisou não ter procurado ninguém para se oferecer como vice de Gladson. Ao contrário disso, alegou, ele é que teria recebido a visita de representantes da oposição para uma conversa nesse sentido.

Antes só do que pivô de confusão
Segundo Ulysses, ele só aceitará compor com Gladson se lhe for feita uma solicitação formal – e desde que seu nome seja chancelado pelos partidos. “Se for pra causar ainda mais confusão, prefiro seguir com minha pré-candidatura”, afirmou.

Data venia
Em relação às supostas críticas feitas ao coronel, uma delas diz respeito à suposição de que ele não aumentaria a musculatura eleitoral do senador Cameli. A coluna discorda. E o faz com base na pesquisa eleitoral que lhe deu 10% das intenções de votos na capital.

Erro conceitual
Outro argumento deplorável usado contra Ulysses foi de que ele, politicamente falando, não passa de um novato. O autor da afirmação certamente ignora a inclinação atual do eleitor em rechaçar os políticos profissionais, a estes preferindo nomes e semblantes desassociados da imagem negativa forjada por práticas escusas, protagonizadas por velhos representantes do povo.

Boi na linha
Alguns integrantes do staff do governo estadual e da prefeitura de Rio Branco têm como hábito se ressentir toda vez que são consultados sobre assuntos que gostariam de acobertar.

Mau humor
Como o conceito de jornalismo dessa gente se limita àquilo que retrata as boas ações dos governos do PT, tudo que não lhes soar favorável acaba resultando em muita hostilidade. Contra o repórter, é claro.

Deplorável concepção
Este colunista é testemunha viva do trato dispensado aos poucos repórteres que neste estado ousam apurar temas de maneira diversa daquelas que rendem as conhecidas louvaminhas do grosso noticiário local. E avisa que não se assusta com carrancas.

Autoexplicativo
Além do referido comportamento ser incompatível com a natureza do serviço público, tal procedimento só reforça a certeza de que os ditos-cujos estão acostumados a lidar com ‘jornalistas’ adestrados e sempre disponíveis à adulação.

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