Dirigentes do MDB, consultados pela reportagem da ContilNet, dizem desconhecer um acordo entre o senador Gladson Cameli (Progressista) e o deputado federal Flaviano Melo, supostamente firmado na tarde desta sexta-feira, 2. Pelo acerto entre eles, o MDB estaria disposto a permanecer na aliança comandada pelo senador, em sua pré-candidatura ao governo do Acre.
O vice-presidente da executiva estadual do MDB, o ex-deputado João Correia, afirma que a nota emitida na tarde de ontem, 1º, na qual o partido anuncia sua dissensão da aliança capitaneada pelo Progressista, continua válida. “Saímos do automatismo, que consistia em aceitar tudo conforme nos era apresentado”, disse ele.
Correia: “Saímos do automatismo, que consistia em aceitar tudo conforme nos era apresentado”
Segundo João Correia, os dirigentes da legenda fazem atualmente um ‘processo de reavaliação’ de sua posição nas eleições de outubro, e não descartam apoiar nem Gladson, nem o coronel Ulysses Araújo (sem partido). A única impossibilidade seria juntar-se ao PT, na Frente Popular.
Um segundo dirigente emedebista, que pediu para ter o nome preservado, foi mais incisivo, ao apontar, como causa do descontentamento da sigla, a inclinação de Gladson em escolher para sua vice a jornalista Mara Rocha, irmã do deputado federal Major Rocha.
“O Rocha já declarou que faria campanha contra o nosso pré-candidato ao Senado, Marcio Bittar. E a Mara, numa rede social, fez questão de dizer que não vota nele. Não queremos uma chapa para o governo em que seus membros não estejam em sintonia com o nosso candidato majoritário”, assegurou a fonte.
Agenda positiva
De uma reunião informal ocorrida na manhã desta sexta na casa da deputada estadual Eliane Sinhasique, da qual participaram outros dois membros do MDB, entre os quais João Correia, além do coronel Ulysses Araújo e membros da direção do Democratas, ficou deliberado que haverá outro encontro na semana que vem, a fim de se se traçar uma ‘agenda positiva’ para Ulysses.
Segundo o vice-presidente da estadual do DEM acreano, Frank Lima, esses encontros contam com o aval de Flaviano Melo e Vagner Sales, os dois mais fortes caciques do MDB.
“As conversas avançam cada vez mais. E para nós está claro que continua valendo a posição oficial do MDB, exposta ontem na nota emitida pela executiva regional do partido”, concluiu Frank Lima.
