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Pedreiro aguarda na ‘fila da agonia’ do TFD há mais de 120 dias; cirurgia custa 200 mil

Por ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET

O pedreiro Manoel de Lima Silva Alencar, de 48 anos, viu a sua vida virar do avesso em questão de segundos. A mudança ocorreu no dia 20 de novembro de 2017, quando ele foi atropelado. Desde então, Manoel padece de fortes dores na região pélvica e necessita de uma cirurgia de alta complexidade, para qual o estado do Acre não dispõe de recursos. O caso foi denunciado pela deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB), durante a sessão desta terça-feira (27), na Assembleia Legislativa.

Deputada Eliane Sinhasique, do PMDB/Foto: Assessoria

Enquanto a parlamentar emedebista cobrava repostas para a situação do pedreiro e de outras pessoas que amargam a longa espera no que ela chamou de ‘fila da agonia’ do TFD (Tratamento Fora de Domicílio), familiares e amigos do pedreiro faziam uma manifestação em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo Sinhasique, Manoel Silva está há 120 dias acamado, sentindo fortes dores e inabilitado para quaisquer tarefas do dia a dia. A irmã do pedreiro disse a uma emissora de TV local que ele precisa receber medicamentos à base de morfina – um fármaco narcótico de alto poder analgésico, usado para aliviar dores agudas.

A resposta dada pelos representantes do TFD é que não teria havido, até o momento, disponibilidade de vagas em hospitais fora do Acre. A cirurgia, de acordo com a família de Manoel, está avaliada em R$ 200 mil.

Indiferença

A deputada do MDB disse não “ver empenho” por parte dos representantes da saúde estadual em conseguir vaga em hospitais como o Sarah Kubitschek ou de grandes centros do país, como o Estado de São Paulo.

“É muito sofrimento para essa família e outras pessoas que estão esperando vaga fora daqui. E não sei por que cargas d’água os hospitais de fora, que têm mais recursos e maiores condições de prestar atendimento médico, não estão querendo receber os nossos pacientes”, disse a parlamentar.

Eliane Sinhasique disse ainda ser inconcebível que um homem de 48 anos, em pleno vigor físico, esteja prostrado em cima de uma cama, sem perspectivas de voltar à sua vida normal.

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