Os professores do município de Natal entraram em greve por tempo indeterminado na tarde desta quarta-feira (21), após assembleia da categoria. Entre os 37 itens da paua, eles querem a correção do piso salarial 2018, em 6,81%. Na tarde desta quinta-feira (22), os professores do Estado também fazem assembleia para definir se também paralisarão os serviços.
Nesta quinta-feira (22), os professores e educadores foram às escolas do município conversar com os pais e comunicar o início da greve. Eles já têm nova assembleia marcada para o dia 26.
Professores de Natal aprovaram deflagração de greve em assembleia na quarta-feira (21). (Foto: Lenilton Lima/ Sinte)
De acordo com o Sindicado dos Trabalhadores em Educação (Sinte), além do reajuste, os professores exigem condições de trabalho, reformas nas escolas e CMEIS, além do pagamento de mudanças de padrão, mudanças de nível, avaliações de desempenho, letras, promoções verticais, quinquênios e os passivos de 2013, acumulados.
Conforme o sindicato, desde outubro, a categoria vinha tentando negociar com a gestão, porém os pedidos de audiência para discutir a pauta não foram atendidos. Uma reunião aconteceu no último dia 15 de março, mas não houve avanço nem acordo. Na terça-feira (20), houve nova reunião, mas disse que o município só poderia pagar o piso a partir de setembro, dependendo do limite prudencial das contas da prefeitura.
“A Secretária tão somente nos disse que o prefeito está impedido de conceder qualquer aumento salarial devido ao TAG (Termo de Ajustamento de Gestão), assinado junto ao Tribunal de Contas, no ano passado. Ou seja, uma desculpa para negar tudo, inclusive o pagamento do piso”, disse a coordenadora do Sinte, Fátima Cardoso. “Não restou alternativa. A greve é o nosso último recurso”, concluiu.
