Aliança em pedaços
O MDB resolveu romper com o Progressista, conforme nota divulgada nesta quinta-feira (1º) pela executiva estadual da sigla. O texto foi assinado pelo deputado federal e presidente regional do partido, Flaviano Melo.
Efeito dominó
A decisão pode mergulhar a aliança oposicionista em uma crise que certamente enfraquecerá a candidatura de Gladson Cameli ao governo. Além do MDB, é provável que deixem a coligação o PTB, Solidariedade e PPS.
O nome da cizânia
Apesar de não esclarecer, na nota enviada à imprensa, as razões que levaram a cúpula partidária a romper a aliança capitaneada por Gladson, o motivo foi apurado pela coluna com membros de outros partidos: os emedebistas – bem como as demais siglas de oposição citadas acima – não aceita a indicação da jornalista Mara Rocha para vice de Gladson.
PSD fica
Na contramão dos emedebistas, o PSD do senador Sérgio Petecão reuniu ontem a sua executiva estadual e decidiu manter-se na coligação. Por telefone, Petecão afirmou que é indiferente ao nome escolhido por Gladson: “Seja quem for o indicado, nós estaremos com ele”, asseverou.
Tudo como dantes
Segundo o senador, a possível escolha de Mara Rocha para figurar de vice na chapa ao governo da oposição não muda em nada o que foi acertado há cerca de 30 dias. “Fizemos uma reunião com todos os dirigentes partidários da aliança e lá ficou definido que quem escolheria o vice seria o Gladson. E é isso que está acontecendo. Nada mudou”, disse Sérgio Petecão.
Pedra no meio do caminho
Há, porém, como escreveu o poeta, uma pedra no meio do caminho. E a pedra responde pelo nome de Major Rocha. Depois de endossar a filiação do médico Eduardo Velloso no PSDB, o deputado tucano passou a dizer que este não gozava de sua preferência no que diz respeito à indicação para vice na chapa majoritária. E criou um factoide político, com o anúncio feito pelo partido de que a irmã, Mara Rocha, poderia ser lançada pré-candidata ao Senado da República.
Roda-gigante
A atuação de Rocha agastou o MDB, que anunciou naquele momento que retirava o apoio ao médico Eduardo Velloso, e passaria a defender um nome do Democratas de Tião Bocalom.
Idas e vindas
Com o DEM mergulhado em uma crise interna, decorrente da queda de braço entre Bocalom e o deputado federal Alan Rick – este último postulante à vaga de vice –, na última quarta-feira Gladson deu uma entrevista a um site local na qual afirmou que caberia aos tucanos a indicação – cabendo a ele endossar ou não o nome apontado.
Viagem a três
Ao que parece, a viagem feita nesta quinta-feira a São Paulo, para uma reunião no Palácio dos Bandeirantes com o governador Geraldo Alckmin – da qual participaram Gladson Cameli, Major Rocha e Mara Rocha – revelou a inclinação do senador progressista a optar pelo nome da jornalista.
Espatifado
Logo após um release da assessoria de Rocha aportar nos computadores das redações dos jornais locais, outra mensagem chegava: era a nota em que o MDB anunciava sua retirada de campo.
Musculatura
Segundo informou um membro da sigla, a tendência dos emedebistas, bem como do PTB, PHS, PPS e Solidariedade, será a de compor chapa com o coronel Ulysses Araújo, pré-candidato ao governo e atualmente sem partido.
Reviravolta
Tal reviravolta poderá jogar no colo de Ulysses toda uma estrutura de campanha com a qual ele nem sequer poderia ter sonhado. E é claro que a manobra haveria de aplacar os ânimos dentro do Democratas, que – pelo menos em tese – estaria automaticamente incumbido de indicar o vice.
A conferir
Resta saber se Gladson Cameli, que desde ontem estava fadado a refazer as costuras em torno de sua pré-candidatura ao governo, manterá a indicação de Mara Rocha, em prejuízo de cinco partidos importantes.
Data-limite
No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta a informação de que o dia 15 de agosto é o prazo final para que os partidos políticos e as coligações apresentem junto à Justiça Eleitoral o requerimento de registro de candidatos. Até lá, muita água ainda haverá de rolar por baixo da ponte.
Vaias
Logo que chegou ao aeroporto da capital acreana, na noite de ontem (1º), o deputado Wherles Rocha foi recepcionado com vaias por mais de duas dezenas de taxistas. Os profissionais do volante estavam revoltados pelo fato de ele ter votado, na última quarta-feira (28), a favor da regulamentação dos aplicativos de transportes, como o Uber.
Concorrência desleal
O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados, segue para sanção do presidente Michel Temer. Com a regulamentação, cada município terá liberdade para impor as regras que achar convenientes para o funcionamento dos serviços de transporte alternativo. Taxistas do Brasil inteiro protestam contra o que chamam de ‘concorrência desleal’.