“O governador do Acre, Tião Viana, criou uma nova modalidade de calote no estado”. Foi com essas palavras que a deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) iniciou o seu discurso na Tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (6), ao dizer que o Estado contratou uma empresa de cartões (Link Benefícios), com sede no Estado de São Paulo, para administrar o abastecimento, mas não pagou e “metade das viaturas da Polícia Militar estavam paradas ontem por falta de combustível”.
Segundo Sinhasique, essa empresa é de Pequeno Porte (EPP) e os postos interessados em abastecer a frota da PMAC devem pagar 5% do valor bruto do combustível abastecido à referida empresa paulista, se quiser participar da forma cooperada. No entanto, disse a deputada: “Como essa Link Benefício é de pequeno porte e o estado não está pagando a empresa, ela não tem como pagar os donos de postos de combustíveis aqui do Acre. Então é evidente que eles não estão mais autorizando ninguém abastecer com os tais cartões, e no caso, as viaturas da PM”, explicou a parlamentar.
Ainda em seu discurso, a deputada fez questão de lembrar que somente no Posto Tropical, por exemplo, o Governo do Acre deve nada menos que R$ 1,5 milhão. “É ou não é uma nova modalidade de calote que o governador Tião Viana criou, contratando essa empresa administradora desses cartões?”, questionou a deputada.
Além das viaturas da PM que abastecem com os cartões coorporativos da empresa de pequeno porte (EPP) Link Benefícios, o Governo do Acre tem vários outros contratos com a mesma empresa para abastecimento dos veículos de diversas secretarias e órgãos de governo.
Uma EPP não pode movimentar anualmente valores superiores a mais de R$ 3,6 milhões. Com os cartões da Link Benefícios, qualquer veículo credenciado na frota de secretarias ou outro órgão estatal pode abastecer nos postos também credenciados na referida empresa.