O médico e vereador da capital, Jackson Ramos (PT), enviou uma mensagem de voz na qual pede que seu interlocutor passe ‘um recado’ ao atual secretário de estado Sibá Machado (Sedens). O motivo da indignação do parlamentar petista é atribuído ao que ele chama de ‘postura escrota’ de Michel Abraão, assessor de Sibá, que no mês que vem renunciará ao cargo na Sedens para voltar ao mandato na Câmara dos Deputados, e assim poder concorrer à reeleição.
Ramos – tal qual ironizou o governador do Acre quando as brigas da oposição se tornaram públicas –, ‘espalha o ninho da pata’ no PT ao se queixar de que José Veríssimo, de Acrelândia, com quem havia fechado um compromisso político para as eleições deste ano, mudou de opinião depois de uma conversa com Michel.
“Beleza. Porque ampliei meus apoiadores lá. Não vai fazer falta. Respeito ele pela história dele no PT. Agora o seguinte (…), todo mundo sabe que meu candidato agora é o Léo de Brito”, avisa o vereador.
Em seguida ele faz a ressalva de que não tenciona tirar votos de nenhum candidato a deputado federal, conforme alega que fizeram com ele na campanha de 2016.
A acusação tem como alvo, novamente, o assessor Michel Abraão, que teria agido, em 2016, de forma diferente do que Jackson Ramos promete fazer agora. Segundo ele, Michel teve uma ‘postura escrota’ ao tirar seus os seus apoiadores em Porto Acre e Mâncio Lima, levando-as a votar no atual deputado estadual Jonas Lima (PT), onde este “não tinha votos”.
Ramos acrescenta ainda a queixa de que pacientes atendidos por ele com exames, consultas e até cirurgias, estão se bandeando para o lado de Sibá Machado.
“Peço respeito das pessoas que estão comigo [no caso os correligionários], da mesma forma que eu [as] respeito. Eu não vou tolerar isso de ninguém. Cada pessoa que for tirada de mim, eu agora tenho um plenário pra falar a respeito disso”, ameaça o parlamentar.
Jackson isenta Sibá da manobra rasteira que visa prejudica-lo nas eleições deste ano, novamente atribuindo a artimanha a parte da equipe do ainda secretário da Sedens.