Deputados criticam na Aleac as mudanças nos horários de atendimento da OCA

A mudança de horário da OCA, efetuada neste mês, continua gerando uma série de discussões em diversos segmentos da sociedade acreana, e não poderia ser diferente na esfera legislativa. Durante sessão solene da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (25), a situação voltou a ser debatida.

Um ponto destacado foram as consequências relatadas por comerciantes e mototaxistas que trabalham nas proximidades da central de serviços, alegando que, devido à redução de horário, o movimento e o consumo também diminuíram drasticamente.

“A OCA chegou como ótimo projeto, e agora, vem essa diminuição do horário de funcionamento. O benefício da população já era uma realidade. As pessoas já viam nela uma solução para diversos problemas. Agora, com a mudança de horário, isso mudou”, disse o deputado Éber Machado (PSDC).

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) afirmou que ouviu pessoalmente funcionários e cidadãos que precisaram dos serviços da OCA nos últimos dias, e reforçou que a alteração é prejudicial à população acreana.

“Ouvi funcionários e o público que estava sendo atendido. Mas as consequências vão além do atendimento em si. A Oca movimentava aquela parte comercial da cidade, sejam dos camelôs ou de mototaxistas. É um desastre”, enfatizou.

Antonio Pedro (DEM) relatou que a central “talvez seja uma das únicas coisas que o PT tenha feito de bom nesse município”, ironizando que, “ao final do mandato, procura tirá-la de jogo”.

“Ouvi comerciantes que faziam 800 salgados pra vender. Após a mudança, mais da metade foi desperdiçada. Em vez de melhorar, fez foi prejudicar. Será que essa redução vai resolver o problema do Estado? Esperamos que o governo volte atrás”, disse Pedro.

BALANÇO DOS DADOS

Em sua fala no plenário, o deputado Daniel Zen (PT) pediu serenidade aos  colegas parlamentares, destacando que é coerente pedir um encontro organizado entre as secretarias envolvidas e seus gestores para um balanço de dados apurado.

“Sobre as mudanças de horários, a proposta mais coerente é a do deputado Éber Machado: convidar nossas secretarias, representadas pelos seus gestores, para fazer um balanço dos dados, do que está sendo afetado por essas alterações. São adaptações, ou seja, é preciso aguardar algum tempo para ver como vai funcionar essa mudança, se vai melhorar ou piorar. Queria dar esses esclarecimentos, e acredito que nossa missão é debater esses assuntos – desde que baseados no acerto ou no erro das medidas tomadas. Isso inclui também as mudanças nos atendimentos das delegacias. É realmente uma medida que chocou até a mim, mas ouvindo as razões do secretário de Polícia Civil, fiquei convencido que pode ser uma maneira de otimizar ainda mais os serviços policiais”, destacou Zen.

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