Embuste
As chamadas ‘fake news’ – ou ‘notícias falsas’ – dão sinais de que serão a principal arma dos adversários do senador Gladson Cameli (Progressistas), na campanha ao governo do estado nas eleições de outubro deste ano.
Pega na mentira
O jornalista Tião Maia, assessor do atual governo petista, foi à rede social Facebook, ontem (8), para relatar que teria avistado Gladson embriagado em uma rua próxima ao Espaço A, em Rio Branco. Ocorre, porém, que no momento da postagem, o senador estava no aeroporto de Brasília.
Vale por mil insultos
A falsa notícia foi logo desmentida pela jornalista Silvânia Pinheiro, assessora de Gladson, por meio de uma imagem do localizador do telefone celular do parlamentar progressista. Gladson, no momento da postagem, estava a 2.256 quilômetros da capital acreana.
Sabão
Junto com a imagem, Silvânia escreveu o seguinte: “Tião Maia, sinto muito! Você está mal informado. Leve a vida das pessoas a sério. Gladson Cameli está no aeroporto de Brasília”.
Agravante
Mais grave que a fake news produzida pelo assessor do governo foi a insinuação de que o principal adversário do petista Marcus Alexandre poderia estar sob efeito de outras substâncias. “Respondam-me uma dúvida: sua excelência o senador Gladson Cameli bebe? É que eu acabo de encontrá-lo só as calças aqui na saída da rua do Espaço “A”. Ou será algo além de álcool…?
Jogo sujo
A injúria do jornalista foi publicada menos de 48 horas depois de o pré-candidato ao governo pela oposição apresentar, na sede do PSDB acreano, os membros das chapas que concorrerão ao governo estadual e ao Senado da República.
Campanha limpa
Na ocasião, Gladson afirmou que fará uma “campanha limpa e com propostas, em respeito ao eleitor e às famílias acreanas”. Mas, pelo visto, seus adversários não pensam como ele.
Perdas e danos
A propósito deste assunto, em novembro do ano passado o porta-voz do governo, jornalista Leonildo Rosas, teve recurso negado pela turma de Recursais dos Juizados Especiais, após ser condenado a indenizar Gladson Cameli em R$ 15 mil por uma publicação feita também no Facebook.
Memoriol
Na postagem, Rosas afirmou que Gladson, embriagado, teria agredido verbalmente o governador Tião Viana durante um voo entre Brasília e Rio Branco. Em audiência no Juizado Especial, ele afirmou que havia feito a publicação a pedido do próprio governador.
Pesos e medidas
A esquerda que endossou a renúncia de Marcus Alexandre à prefeitura da capital do Acre, a fim de que possa concorrer ao Palácio Rio Branco, é a mesma que critica o ex-prefeito paulista João Doria (PSDB) por ter deixado o cargo na intenção de disputar o governo de Sampa.
Aqui não vale?
Em artigo publicado no site brasil247, no mês passado, a ex-vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), criticou o tucano por “usar um cargo como trampolim imediato para outro mais alto”.
A mentira como método
O texto de Nádia também recorre as fake news. Ela afirmou, por exemplo, que Doria se afastava do cargo “com índices de reprovação em alta e aprovação em baixa, conforme as mais recentes pesquisas de opinião”.
Contraprova
Pouco mais de 15 dias antes da publicação do artigo da comunista Nádia Campeão, o jornal Gazeta do Povo revelou dados de uma pesquisa de intenção de votos para o governo, feita pelo Instituto Paraná. Segundo o levantamento, 55,5% dos eleitores paulistas acreditam que João Doria é o candidato com maiores chances de vencer as eleições.
Matemática do repúdio
O levantamento também afirmou que os petistas amargam a maior rejeição entre os eleitores de São Paulo. Segundo o instituto Paraná, 50,9% do eleitorado respondeu que não votaria ‘de jeito nenhum’ no ex-prefeito Fernando Haddad (PT), de quem Nádia foi vice.
Acefalia no PT
A prisão do ex-presidente Lula deverá causar uma guerra pelo poder dentro do Partido dos Trabalhadores. É o que prevêem os analistas políticos.
Unidos e separados
Unidos nos protestos contra a detenção do petista, os representantes dos partidos de esquerda não conseguem se acertar quanto à disputa pela Presidência da República.
Exemplos
Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), por exemplo, se apresenta como pré-candidato a presidente pelo PSOL. Já a deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, é o nome que o PCdoB pretende apresentar para a disputa presidencial.
Lá e cá
Enquanto o ninho da pata esquerdista segue espatifado nas eleições para o Palácio do Planalto, e os tucanos João Doria e Geraldo Alckmin são alvo de críticas por renunciarem, respectivamente, à prefeitura e ao governo do estado de São Paulo, por aqui a Frente Popular acusa a oposição de não se entender e faz cara de paisagem sempre que o assunto e a renúncia de Marcus Alexandre.
Pra encerrar
Depois de tudo o que foi exposto acima, nada melhor do que uma frase de Vladmir Lênin, antecessor de Stalin na ditadura comunista da extinta União Soviética, para encerrarmos a coluna desta segunda-feira. Disse ele o seguinte: “A morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem”. Captou?