Alunos do Instituto Senai de Tecnologia (IST), que fica localizado no Distrito Industrial, têm sido vítimas de assalto quase diariamente ao chegar e sair da instituição, sobretudo no período noturno. De acordo com relatos à diretoria da instituição, os bandidos chegaram a bloquear a via de acesso ao prédio, na altura do igarapé Dias Martins, obrigando os alunos a reduzirem a velocidade de seus veículos e, assim, tomarem seus pertences. “Eles jogaram perna-mancas na rua e tomaram a moto de um aluno, inclusive fazendo uso de arma de fogo”, declara Tânia Lúcia Guimarães, gerente do IST.
Segundo ela, os bandidos se escondem no matagal que, de tão farto e alto, está invadindo o asfalto. O prédio do IST, assim com as demais empresas localizadas naquela região, está próximo a uma comunidade chamada “Sapolândia”, considerada de alta periculosidade. Além disso, a rua que dá acesso ao Instituto está repleta de buracos, e a iluminação deficitária, com diversas lâmpadas queimadas. Outro problema apontado é o bueiro do igarapé, que está em vias de se romper novamente.
Em virtude de tantos problemas, o Senai/IST, já enviou solicitação para Emurb, Semsur, Secretaria Municipal de Obras Públicas (Divisão de Iluminação Pública) e 4º Batalhão da Polícia Militar a fim de que seja feita limpeza da rua, recuperação da pista do igarapé, manutenção da iluminação e patrulhamento nos horários de entrada e saída de alunos e funcionários. “Hoje, somos nós que estamos fazendo isso. Nossos funcionários que estão roçando a rua para reduzir o mato. Já temos ronda policial de manhã e à tarde, mas precisamos de reforço à noite”, revela Tânia. “Os alunos da noite estão se evadindo, estão com medo de vir para a unidade. Os funcionários também estão com muito medo”, completou.
Nos documentos encaminhados às secretarias, relata-se também que, para ir embora, os colaboradores do período noturno se organizam em comboio até a BR-364. Outro agravante é que a instituição irá sediar uma seletiva para o WorldSkills, onde reunirá alunos de diversas partes do país que competirão por uma vaga para a etapa internacional na Rússia, em 2019, o que aumenta a preocupação quanto à segurança do local. “Até o momento, ainda não obtivemos respostas, mas vamos fazer monitoramento junto às secretarias e já pedimos apoio ao nosso diretor regional, César Dotto, e ao presidente do Sistema Fieac, José Adriano, para reforçar nossas solicitações”, assegurou a gerente.