Mais de 40 servidores demitidos do Deracre aguardam há 4 meses por pagamento

Acatando um pedido da Justiça do Trabalho o Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura, Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) demitiu cerca de 40 servidores sem concurso público no final do ano passado.

O presidente do sindicato, Erasmo Paulo, alega que regular ou irregular todo servidor tem direito a receber suas férias e rescisão de contrato. “Eles iam pagar em janeiro, já se passaram quatro meses e até agora nada”.

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O valor da indenização total ainda vai ser avaliado pelo setor jurídico do Deracre mas Paulo acredita que só o valor da verba rescisória dos funcionários demitidos esteja entre R$ 119 mil.

Cerca de 40 servidores do Deracre foram demitidos no final do ano passado por situação irregular/Foto: Astorige Carneiro

Shirlene Rodrigues, uma das servidoras demitidas, trabalhou por 25 anos no Deracre e conta que agora está passando necessidades. “Toda a minha renda vinha do salário que eu recebia. Eu queria que as autoridades vissem isso, porque se fossem eles que passassem quatro meses sem receber um centavo a situação não estaria desse jeito”, afirma a ex servidora.

Ainda segundo Rodrigues, não houve aviso prévio da demissão. “Nós nem sabíamos que estávamos demitidos, chegamos para trabalhar e foi informado que no próximo mês não precisaríamos mais vir trabalhar”, lembra.

A redação da ContilNet tentou contato com a Secretaria de Gestão e Administração (SGA) para maiores esclarecimentos sobre o pagamento dos funcionários, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.

APOIO

Durante a sessão da Assembleia, o deputado Raimundinho da Saúde (PTN) reforçou o apoio aos servidores – alguns deles, de acordo com o parlamentar, estavam há mais de 20 anos trabalhando do Deracre.

“Eles tiveram a garantia que, ao saírem, iam receber no mínimo as verbas rescisórias. Já estão indo pro quarto mês sem um centavo pago. Pais e mães de família, com mais de 40 anos de idade, estão com dificuldade para encontrar outros empregos. Existem, hoje, dezenas de empresas terceirizadas que prestam serviços ao governo do Estado. O mais digno seria um acordo com o governo para que estas empresas terceirizadas absorvam esses cidadãos. Isso permitiria completar o tempo necessário para a aposentadoria, garantindo o mínimo de dignidade em suas velhices”, afirmou Raimundinho.

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