Tucano diz que governo abandonou Deracre no interior e denuncia demissão em massa

O líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Gonzaga, usou a tribuna na sessão desta terça-feira (3) para denunciar um suposto abandono nas estruturas do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) no interior, em especial nos municípios do Vale do Juruá.

Segundo o parlamentar, usinas de asfalto em Feijó e Tarauacá foram fechadas e a de Cruzeiro do Sul estaria em processo de encerramento das operações. Outro problema seria o abandono de aeroportos e aeródromos em municípios isolados como Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.

Deputado Luiz Gonzaga/Foto: Aleac

Em Cruzeiro do Sul, afirmou o tucano, 22 funcionários do Deracre foram demitidos. Outro problema seriam as péssimas condições do maquinário, que estaria sucateado. O deputado diz que a paralisação da usina em Cruzeiro do Sul compromete a infraestrutura rodoviária no Vale do Juruá.

Sobre os aeródromos, Luiz Gonzaga lembrou que o transporte aéreo é o meio mais ágil para garantir assistência à população das cidades isoladas. “Num caso de emergência o avião é a primeira solução e sem pistas em boas condições fica inviável”, disse ele.

OUTRO LADO

Procurado pela reportagem, o diretor-presidente do Deracre, Cristovam Pontes de Moura, negou a acusação. De acordo com ele, o que houve foi uma redução na capacidade operacional da usina em Cruzeiro do Sul por conta da dificuldade de sua operação.

Segundo Moura, grande parte dos insumos para a produção do asfalto sai de Manaus em longas viagens de balsa, o que compromete a operacionalidade. Sobre demissões apontadas pelo tucano, o diretor informou que houve a necessidade de redução de pessoal, mas que parte da mão-de-obra foi aproveitada.

Para enfatizar que a usina não está parada, ele disse que no mês de março houve o trabalho de recuperação de duas rodovias estaduais com asfalto da usina: a AC-405, que liga Cruzeiro do Sul a Mâncio Lima, e AC-407 (Cruzeiro do Sul/Rodrigues Alves).

Quanto às outras usinas, o diretor disse que Tarauacá nunca dispôs de uma, e que a de Feijó encerrou suas operações em 2014, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, o Dnit, assumiu as obras de manutenção da BR-364, mas que mesmo assim ela está disponível caso os municípios necessitem produzir asfalto.

Sobre os aeroportos, Cristovam Moura reconheceu que houve problemas de gestão por conta da redução no quadro de funcionários, mas que os serviços básicos não ficaram comprometidos. O mesmo problema ocorreu em Porto Walter e Marechal Thaumaturgo; O Deracre, afirmou ele, busca parceria com as prefeituras para ações de manutenção das pistas.

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