Na madrugada do dia 1º de abril, por volta das 3h40 da madrugada, o sistema de segurança de um comércio localizado na Rua Dom Júlio Mattioli da cidade de Epitaciolândia, filmou dois homens abordando um carro e agredindo o motorista.
A cena mostra quando a dupla, que estavam em um carro modelo Renault, pedem ao condutor do carro modelo VW encostar. Com o carro estacionado, os dois param no meio da rua, saem do carro, para em seguida retirar o motorista à força.
A vítima, é um acadêmico de medicina, de 21 anos de idade. Nas cenas é possível ver o momento em que ele passa a ser atingido fisicamente com vários golpes no rosto e empurrado para a calçada, onde novamente é agredido.
https://youtu.be/eGucrJL1sxQ
Os agressores foram identificados como agentes federais, lotados na delegacia lde Epitaciolândia. Segundo informado pela vítima, tudo aconteceu pelo fato de ter passado muito próximo dos dois que estavam com o carro estacionado em frente a um posto de gasolina.
“Eu passei por eles que estavam com o carro quase no meio da rua. Só que não vi que havia passado tão perto e foi abordado, ouvir palavras baixo calão e me mandaram embora dali. Não reagi, pedi desculpas e fui embora”, contou o estudante.
“Quando estava indo embora após fazer o retorno em frente ao posto, lembrei que estava com amigos e resolvi voltar para encontrá-los. Fiz o mesmo itinerário, mas, fui visto por eles novamente e foi quando fui abordado pelos dois. Expliquei para eles que sabia dos meus direitos e de nada adiantava. Até dizer que sou filho de um oficial da Polícia Militar, mesmo assim, as agressões continuavam”, disse.
A sessão de espancamento e ofensas se inicia às 3h44 da madrugada do domingo por cerca de cinco minutos pelo menos, até a chegada de uma viatura da Polícia Militar. O estudante machucado pediu ajuda e, segundo ele, os agentes federais se apresentaram, e praticamente nada foi feito.
Após alguns minutos, ainda de acordo com o estudante, passaram a dizer que ele estaria circulando no local do posto em alta velocidade e dando “cavalo de pau”, fato esse negado por ele. “Mesmo questionando as ações deles, fui apenas aconselhado pelos militares a ir embora e foi conduzido para o carro pelo federal”, contou. Às 3h54, cerca de 10 minutos depois, todos foram embora do local.
Dois nomes foram passados juntamente com imagens dos agentes. A delegacia da Polícia Federal foi procurada para que se pronunciasse através de um dos delegados responsáveis. Com a presença da nova Superintendente da Polícia Federal no Acre, Diana Calazans Mann, que estava conhecendo a delegacia na cidade de Epitaciolândia, ficou marcado para outra hora, mas não foi realizado o contato de retorno.
A oficial da Polícia Militar, mãe do jovem, disse que as providencias já estão sendo tomadas junto aos órgãos competentes como e o caso fpoi denunciado na delegacia.
“Trabalhei por 30 anos na Polícia Militar do Acre e estou saindo com o nome limpo, por sempre cumprir com minhas obrigações e vi que irmãos de farda não tomaram atitudes no momento que deveriam. Já estou procurando meus direitos e de meu filho que foi tratado como um animal e poderia estar morto hoje”, desabafou a oficial da PM.