A sessão desta quarta-feira (2) na Câmara Municipal de Rio Branco foi marcada por acusações e rebates envolvendo os vereadores Roberto Duarte (MDB) e Eduardo Farias (PC do B). O assunto foi motivado pela solicitação das empresas de transporte público à RBTrans que aumentasse a tarifa paga pelos usuários do serviço.
Duarte destacou que, no ano passado, foi votada uma lei que retirou os direitos dos vereadores se manifestarem (contrários ou favoráveis) da alteração na tarifa de transporte público.
“Nós somos os representantes dos cidadãos de Rio Branco. Se nós não temos esse direito, quem tem? O conselho. O Conselho Tarifário. Diziam que ‘Ah, se ficar o debate dentro desta Casa, vai ser um debate político’. Mas hoje já vemos conselheiros se manifestando antes de ver a correspondência”, disse durante seu momento na tribuna.
TROCA DE FARPAS
O vereador do MDB também criticou diretamente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo vereador Eduardo Farias.
“Sua análise é favorável ao seu tempo. Isso que a população precisa ver: o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) chegar aqui e dizer que ‘está analisando os projetos’. Não cabe a Vossa Excelência analisar, cabe à comissão. Vossa Excelência é presidente! Está arquivando os interesses da população. Tem que botar essa comissão pra funcionar, porque não está”, finalizou Duarte.
“O vereador Roberto Duarte tem uma característica – própria da infância – de achar que é o centro do mundo, das atenções. Se não passar por ele, não existe. E ele também tem uma mania que todos nós já conhecemos de falar apenas naquilo que lhe interessa. Mas ele não fala que a prerrogativa da pauta, de responsabilidade de análise e de resultado de cada análise é do presidente da CCJ. Ele reclama do prazo e diz: dois meses. Mas ele sabe que o comum da tramitação não é com essa celeridade. As análises estão seguindo o devido tempo”, rebateu Farias.