Assessores do pré-candidato ao Senado, Ney Amorim (PT), dizem que ele tem se sentindo prejudicado devido as constantes viagens do governador do Acre, Tião Viana, e de sua vice, Nazaré Araújo. Ocorre que a ausência de ambos tem obrigado Ney Amorim, presidente da Assembleia Legislativa do estado, a enveredar pelo mesmo caminho, evitando assumir o cargo, o resultaria em sua inelegibilidade.
Como a legislação estabelece que o presidente do Poder Legislativo é o terceiro na linha sucessória, na ausência dos chefes do Executivo é o representante do parlamento quem deve assumir o governo. Caso, porém, fosse empossado no cargo, Ney Amorim ficaria impedido de participar das eleições.
Fonte da reportagem informou que Tião Viana já enviou à Aleac um novo pedido de autorização para deixar o Acre por cinco dias, junto com Nazaré Araújo. O documento foi protocolado na manhã desta terça-feira (15). Amorim, por sua vez, também já planeja o próximo roteiro de viagem.
Na ausência dos três, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Denise Bonfim, é quem tem assumido as funções de chefe de estado.
Em contato com a assessoria de comunicação do governador Tião Viana, para saber os motivos de suas frequentes idas a Brasília, a resposta foi que elas decorrem de missões solicitadas pelos ministérios ou pelo governo federal.
Já um assessor de Ney Amorim que pediu para não ter o nome divulgado, assegurou que a intenção do governador seria prejudicar seu desempenho nas eleições deste ano, a começar pelos boicotes que vêm sendo feitos já neste período de pré-campanha.