Caneta 3D faz desenhos fora do papel de forma fácil e barata

Atualmente, já é possível encontrar diversas marcas de caneta 3D no Brasil. Pensando nisso, o TechTudo reuniu alguns pontos importantes para o usuário que pensa em comprar um desses gadgets.

As canetas 3D ajudam a criar novos objetos (Foto: Divulgação/Sunlu)

As canetas 3D ajudam a criar novos objetos (Foto: Divulgação/Sunlu)

1. Como funcionam as canetas 3D?

O funcionamento parece bastante com o mecanismo de uma pistola de cola quente. Um filamento de plástico alimenta o dispositivo, que puxa o material através de uma fina câmara aquecida. O plástico é derretido e sai pela ponta da caneta. Ao usuário, cabe manusear o aparelho dando forma ao objeto que desejar.

Conforme é extraído, o plástico se solidifica de novo, criando camadas rígidas e permanentes. Um derretimento veloz seguido de um resfriamento igualmente rápido são propriedades importantes.

2. Superfície

As criações feitas com uma caneta 3D precisam de um suporte, podendo ser inclusive uma superfície plana, onde o criador vai trabalhar. Outra possibilidade é ter um objeto para servir de molde. Boa responsividade e conforto para desenhar são essenciais. O ideal é que a caneta funcione em qualquer superfície.

Objetos feitos com a caneta 3D Lix (Foto: Divulgação/Lix)

Objetos feitos com a caneta 3D Lix (Foto: Divulgação/Lix)

3. Velocidade

Certifique-se de que o plástico sai da caneta de modo rápido e fluido, no tempo certo para criar as formas com fluência. A alta temperatura pode fazer com que o plástico grude e que certas cores tenham reações distintas das outras. A maioria das canetas 3D possui várias opções de velocidade, para que o usuário tenha mais controle.

4. Tempo de resfriamento

O tempo necessário para que a caneta resfrie depois de esquentar e derreter o material é outro fator importante. Se demorar demais, você não vai poder usar o dispositivo durante muito tempo ou os intervalos entre aquecimento e resfriamento poderão ser longos.

É possível desenhar fora do papel com as canetas 3D (Foto: Divulgação)

É possível desenhar fora do papel com as canetas 3D (Foto: Divulgação)

5. Sistema de desentupimento

Durante ou após uma utilização, quando a caneta 3D estiver abaixando sua temperatura, é possível que o plástico endureça de novo dentro da câmara e cause um entupimento. Se isso acontece com frequência, o usuário perde tempo e dinheiro, já que vai precisar substituir o filamento toda hora. Portanto, um bom sistema de desentupimento é fundamental.

6. Temperatura

Como essa é uma tecnologia que opera a partir do calor, a temperatura externa pode impactar significativamente a performance da caneta. É interessante considerar se a caneta vai ser usada em locais muito quentes – ou muito frios – para descobrir como o modelo de interesse atua em ambientes do tipo. Considere se você vai usar o gadget em locais muito quentes ou frios e descubra como atua o equipamento de seu interesse em ambientes com diferentes temperaturas.

7. Tipos de filamento

Existem diversas opções de plástico utilizadas pelas canetas 3D. O material vem na forma de um filamento, nas mais variadas cores. Alguns modelos aceitam diferentes tipos de plástico, enquanto outros funcionam apenas com um. Cada alternativa tem suas propriedades, com pontos positivos e negativos.

Filamentos de plástico ABS são os mais populares (Foto: Divulgação/Yolo3D)

Filamentos de plástico ABS são os mais populares (Foto: Divulgação/Yolo3D)

7.1. Acrilonitrilo butadieno estireno (ABS) – O mais popular e um dos mais baratos, encontrado facilmente à venda online ou em lojas físicas especializadas. É o mesmo plástico usado em Legos, peças de bicicletas e outros objetos do cotidiano, justamente por seu baixo custo. A temperatura de fusão do ABS é alta, 210 a 250 ºC. Atualmente, a maioria das canetas atinge essa temperatura sem dificuldades. No entanto, os vapores emitidos pelo plástico derretido podem causar irritação se inalados. Possui variações translúcidas, condutoras e com aspecto de metal e de madeira.

7.2. Poliácido láctico (PLA) – É a opção mais correta para o meio ambiente e também bastante comum. Um tipo de plástico biodegradável, o PLA é de origem vegetal, derivado de milho, batata ou cana de açúcar. Tem temperatura de fusão inferior e não emite nenhum vapor prejudicial. O problema deste material é que ele é mais lento para resfriar após sair da caneta, além de um pouco mais frágil. Também tem variações especiais, como o ABS.

7.3. Poliuretano termoplástico (TPU) – Flexível e durável, tem uma boa aderência ao papel e ao vidro, mas não a metais.

7.4. Policaprolactona (PCL) – Tem uma temperatura de fusão bem mais baixa, podendo até ser remoldado com água quente. Também leva mais tempo para solidificar, o que é ruim por um lado, mas pode facilitar correções.

7.5. Nylon – Flexível, extremamente durável e de baixa fricção. Tem opções de cores translúcidas.

7.6. Policarbonato (PC) – É muito forte, resistente a impactos e estilhaçamentos. Pode dar a aparência de gelo ou vidro.

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