Com a greve dos caminhoneiros em todo o Brasil e os consumidores vendo os preços dos combustíveis disparar, muito se passou a comentar sobre a composição dos preços aqui no Brasil. Alguns postos, em cidades como o Rio de Janeiro, até afixaram placas com dizeres “preço alto: não é o posto, é imposto”.
Para tirar dúvidas de leitores, a reportagem da ContilNet decidiu pesquisar sobre como é a composição do preço, em se tratando de Brasil. De acordo com informações da Petrobras cedidas a Agência Brasil, o preço é composto de três variáveis principais: o preço cobrado nas refinarias ou na importação, os impostos estaduais e federais e a margem de comercialização dos distribuidores e postos revendedores.
Impostos federais
Aqui, alguns impostos incidem na gasolina e no diesel: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e as contribuições para o PIS/PASEP e Cofins. No caso da gasolina, esses tributos somados correspondem a 16% do preço final da gasolina. Para o diesel, são 13%.
ICMS
O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é estadual e seu peso varia. Em maio, por exemplo, seu peso médio era de cerca de 29% no preço final da gasolina e de 16% para o diesel, segundo a Petrobras.
Santa Catarina, aliás, tem a gasolina mais barata do Brasil porque é o único estado em que o ICMS custa, em média, menos de R$ 1 por litro.
Distribuição/revenda
Para a gasolina, a distribuição e a revenda custam cerca de 12%, segundo a Petrobras. O preço do diesel inclui 9% de distribuição e revenda.