24 de abril de 2024

Imprensa nacional fala em “disputa sangrenta” no AC; impunidade pode gerar formação de milícias

Você viu na ContilNet que o número de pessoas mortas por policiais no Acre aumentou 270% em apenas 3 anos. Os dados colocam o estado no pódio nacional nesse quesito. Os estados do Acre e o Pará estão empatados na terceira colocação de violência policial, com 4,5 mortos por 100 mil habitantes. De acordo com informações do Monitor da Violência, atualizado pelo G1, , os estados empatados só perdem para o Amapá, com incríveis 8,3 homicídios por 100 mil habitantes, e para o Rio de Janeiro, com taxa de 6,7 por 100 mil habitantes.

Atrás do Acre e Pará estão Alagoas (4,2); Rio Grande do Norte e Sergipe (4) e Goiás (3,9). Das 10 polícias mais violentas do país, o site mostra que 8 estão no Norte e Nordeste. Ao falar do Acre, o G1 usou os termos “disputa sangrenta”, “descontrole” e “sensação de medo”.

“O Acre, que ficou na segunda posição no ranking de homicídios em 2017, passou registrar uma disputa sangrenta entre o Bonde dos 13, facção local que se aliou ao PCC, com o Comando Vermelho, promovendo assassinatos filmados e compartilhados pelas redes sociais que aterrorizaram a sociedade local. A sensação de medo e de descontrole parece ter legitimado a ação truculenta das polícias, aumentando o ciclo vicioso de assassinatos”.

Foto: Reprodução

Milícias

O site afirma que, em locais violentos e que a polícia é impune, uma prática criminosa torna-se cada vez mais forte: imagine você receber na sua casa uma mensagem dizendo que você precisa pagar a um certo grupo uma quantia mensal para que eles “façam sua segurança”. Isso já existe e tem nome: milícia.

Milícias são grupos formados sobretudo por ex-militares e que comandam muitas das favelas do Rio de Janeiro. Por não sobreviverem do tráfico de drogas, essas organizações exploram gás, Internet ou outros serviços básicos, além de cobrar quantias de moradores. Em alguns lugares, quem não paga é expulso da própria casa.

EXTORSÃO EM SENA MADUREIRA

Em 2017, cerca de oito pessoas foram condenadas em 2017 por um esquema semelhante aos das milícias, com exceção de que, no grupo, existiam apenas membros de facções criminosas.

“A Polícia Militar do 8º Batalhão de Sena Madureira prendeu um dos acusados distribuindo um panfleto para um comerciante, onde dizia, no papel, que seria cobrada uma taxa mensal em troca da ‘segurança’ na região”, explicou o Major Casagrande de Sena Madureira.

Graças ao flagrante, foi realizado um processo de investigação pela Polícia Civil de Sena Madureira e uma denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC), que resultaram na condeção dos oito acusados. Somadas, as penas ultrapassam 90 anos de prisão.

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