Preço da gasolina não baixa e acordo de Temer não vai mudar nada para consumidor, diz dono de postos no Acre

Enquant, durante a paralisação dos caminhoneiros, a sociedade brasileira ficou acreditando que também seria beneficiada com a redução dos impostos por meio das medidas anunciadas neste domingo (27), pelo presidente da república Michel temer, a coisa não é bem assim.

A garantia é dada por um empresário, proprietário de postos de combustíveis. A reportagem da ContilNet, conversou na manhã desta segunda feira (28), com Romeu Delilo, um dos mais antigos empresários no seguimento de combustíveis no Acre. Ele afirma que o presidente Michel Temer “foi malandro” ao anunciar algumas medidas provisórias em favor dos motoristas de caminhões, mas que, para o consumidor, isso não terá nenhum impacto na economia.

Isso porque, de acordo com o empresário, a redução de R$ 0,46 centavos no preço do óleo diesel e a isenção de outros impostos federais é somente para o óleo diesel, além da isenção da cobrança de pedágio e ainda a garantia de 30% do frete que será dado aos motoristas autônomos sobre o transporte de cargas da Companhia Nacional de Abastecimento- CONAB, não tras nenhum benefício na redução de preço de produtos e alimentos e muito menos para a gasolina, que hoje é cobrado o litro por R$ 5,00 na maioria dos postos do Acre.

Romeu Delilo afirma que medidas não beneficiam a população/Foto: reprodução -Arquivo Pessoal

“O presidente Michel Temer foi claro. Ele falou apenas do óleo diesel. Os alimentos, por exemplo, só iriam baixar nos supermercados se houvesse a redução do frete dos produtos, o que, claro, não foi acordado. Os caminhoneiros não vão baixar o frete. Como isso, não ocorrerá as medidas anunciadas pelo presidente só beneficiou em parte os profissionais do volante, não a sociedade em geral como todos imaginavam, que a gasolina e tudo mais poderia baixar com a redução dos impostos”, disse.

Delilo esclarece ainda que a cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é feita pelos estados, não foi mexida em nada.

“Além das dezenas de impostos que já são cobrados pelo governo federal em tudo, o que mais pesa no custo final dos alimentos e dos combustíveis é o ICMS e isso não foi mexido em nada. Os estados não abriram mão desse imposto em nenhum centavo. Em especial no Acre, que o ICMS cobrado fica em torno de 25% a 27%. Só mudou algumas coisas em beneficio dos caminhoneiro. Eu disse, somente para os caminhoneiros.Para o consumidor, a gasolina vai ficar do jeito que tá?”, esclarece o empresário.

Medidas anunciadas por Temer

1. Redução de R$ 0,46 no litro do diesel

2. Preço será mantido por 60 dias. Depois, ajustes serão mensais

3. Medida provisória será editada para isenção de pedágio em caminhões com eixos suspensos

4. Caminhoneiros autônomos terão garantia de 30% dos fretes da Conab

5. Medida Provisória estabelecerá tabela mínima de frete, em análise no Senado Federal.

PUBLICIDADE