A presidente da CUT no Acre e do Sindicato da Educação (Sinteac), Rosana Nascimento, cobrou um comunicado público do governador Tião Viana contra a demissão de trabalhadores. A professora e sindicalista lembra que, contrariando todo o discurso de moralidade do governador, o Estado do Acre continua nomeando cargos comissionados, ao invés de reduzir as funções com altos salários. “No Acre, esse governo inverte a escala de prioridades para momentos de crise, ou seja, a folha incha a cada dia, enquanto profissionais de todas as áreas são desligados do serviço público em todas as secretarias”, disse a presidente da CUT.
Cerca de 380 não concursados foram demitidos no final do ano passado. Os 1.800 do Pró-Saúde já estão sendo comunicados sobre o rompimento de seus contratos. E, mais recentemente, as ameaças chegaram inclusive aos estáveis, sob a alegação de que as contas públicas estão no vermelho.
A sindicalista anunciou que está convocando uma reunião com a base da CUT e outras centrais sindicais, com o objetivo de mobilizar os trabalhadores num ato público contra as demissões no Acre. “Vamos reivindicar a manutenção dos empregos através de uma carta aberta do governo. O bom senso manda que o governador não penalize ainda mais esses pais de família “, declarou a presidente da CUT e do Sinteac.
“Indecência. Aprovaram 940 novos cargos na estrutura da administração pública, com a criação das CECs 6 e 7, com remuneração de R$ 6.720 e 7.720, respectivamente, no ano passado. Cada secretário recebe salário acima de R$ 21 mil. Subsecretários e assessores especiais têm remunerações equivalentes. Dezenas de ex-governadores sugam um absurdo todo mês do nosso bolso, enquanto o governo, se quisesse, poderia barrar essa imoralidade. Se estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal é por pura incompetência. Um gestor comprometido com a transparência não permite que as contas públicas cheguem a esse ponto. Não basta que tenham falido o setor produtivo? Cada cidadão precisa estar de olho”, disse a sindicalista.