Saída de Barbosa da disputa eleitoral zera jogo e dá fôlego a Marina, diz Folha de São Paulo

“A decisão de Joaquim Barbosa de não disputar as eleições zera o jogo da corrida presidencial”. O enunciado é de uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta terça-feira (8). A desistência de Barbosa, publicada também na terça, já gera buzz dentro dos diretórios de partidos em todo o país. Isso porque o impacto de sua desistência é vasto e produzirá efeitos sobre as campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).

De acordo com publicação da Folha, houve quem visse a desistência com bons olhos. “A desistência representa um alívio para o grupo de Geraldo Alckmin, que enxergava Barbosa como obstáculo no chamado centro do espectro político. O ex-presidente do STF começava a ocupar um eleitorado-alvo do PSDB: grandes cidades, renda mais alta e educação superior. O congestionamento provocado pela entrada de Barbosa foi o que determinou a precipitação dos esforços pela unificação desse centro —exemplificada pela aproximação entre Alckmin e o presidente Michel Temer (MDB)”, diz um trecho da publicação.

Marina/Foto: Reprodução/El País

Para o veículo, Marina será uma das principais ‘herdeiras’ dos votos que seriam de Barbosa. “É natural que Marina Silva seja uma das principais herdeiras desse estoque de votos. Ainda que a ex-senadora tenha dado seguidas declarações contrárias a uma aliança com Barbosa nesta eleição, os dois têm uma série de interlocutores comuns, como o ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto”.

Marina já havia crescido nas pesquisas após a prisão de Lula e por conta de entrevistas em programas, onde se mostrou mais firme – o que conquistou alguns eleitores. Será que agora vai?

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