Em menos de 48 horas, a outrora pacata cidade de Cruzeiro do Sul registrou três homicídios, todos cometidos por armas de fogo. Foram duas mortes na última quinta-feira (17) e outra no dia anterior. Uma das vítimas cumpria pena em regime de monitoramento. Os outros dois homens assasinados eram suspeitos de pertencer a facções criminosas, de acordo com o delegado Alexnaldo Batista.
Elenilton Alves, de 28 anos, Vicente de Paula, 36, e Alessandro Pinheiro Lima, 33, foram as vítimas.
Alves foi executado no fim da manhã de quinta-feira (17), no centro da cidade. Testemunhas afirmam que um grupo de homens armados chegou de barco até o local do crime, onde ele estaria vendendo drogas.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Alves tenha sido executado por membros de uma facção que domina a área em que o crime ocorreu. Ninguém foi preso.
Também na manhã de quinta, em uma casa no bairro Miritizal Novo, a polícia encontrou o corpo de Vicente de Paula. Ele foi morto com 15 tiros e tinha um corte profundo no pescoço, o que leva à suposição de que houve uma tentativa de decapitação.
Uma arma de fogo e um facão foram encontrados em um matagal próximo do imóvel onde o corpo foi encontrado. A perícia fará exames para saber se os objetos foram usados para matar Vicente.
Na quarta (16), Alessandro Pinheiro Lima também assassinado a tiros, no bairro do Remanso. De acordo com a polícia, ele caminhava por um beco quando foi alvejado no rosto.
O delegado Alexnaldo Batista afirma que Lima era integrante de uma facção criminosa. Depois de deixar a namorada em casa, ele teria sido atraído ao beco onde foi alvejado.
Testemunhas relataram que os tiros que mataram Alessandro Pinheiro partiram de dentro de um carro vermelho. Para a Polícia Militar, o homicídio está relacionado à guerra entre facções pelo domínio do tráfico de drogas em Cruzeiro do Sul.