Uma briga em um campo de refugiados de Uganda que ocorreu durante a partida de estreia do Brasil na Copa do Mundo deixou quatro mortos, informou a polícia nesta quinta-feira (22), acrescentando que 15 refugiados do Sudão do Sul foram presos em conexão com a violência. A briga ocorreu entre membros das etnias dinka e nuer, do Sudão do Sul.
Uganda abriga cerca de 1,4 milhão de refugiados, incluindo mais de 1 milhão do Sudão do Sul, onde uma guerra civil que já dura cinco anos deixou dezenas de milhares de mortos e fez com que cerca de um quarto de seus 12 milhões de habitantes deixassem suas casas. O conflito no Sudão do Sul tem carga cada vez mais étnica.
A violência aconteceu em um campo de refugiados na região oeste do Nilo no domingo durante a partida do Brasil contra a Suíça, disse o porta-voz da polícia Patrick Onyango, com refugiados do grupo étnico nuer brigando com a etnia rival dinka.
A briga começou no intervalo do jogo quando um homem dinka, identificado como Thon Majok deixou a sala de TV, descobrindo quando voltou que um homem nuer havia sentado em seu lugar.
“Majok mandou o homem nuer sair do assento. O homem nuer se recusou. Os dois começaram a brigar e depois cada um foi acompanhado por membros de suas tribos”, disse Onyango, por telefone na noite de quinta-feira.
Um menino de 13 anos estava entre os mortos.
A polícia prendeu 15 suspeitos por conexão com o assassinato das quatro pessoas e por ter deixado diversos feridos, disse.