Você sabia que há uma proposta tramitando no congresso brasileiro, proposto pela Federação Brasileira de Planos de Saúde (Febraplan), no intuito de resgatar mais recursos do Sistema Único de Sáude (SUS) para os convênios do país? O Acre não está livre disso.
A sugestão é encarada com um desmonte do SUS, por vários grupos de defesa do consumidor no Brasil.
No dia 10 de abril deste ano, Febraplan apresentou em Brasília, a ideia de um “Novo Sistema Nacional de Saúde”, que canalizaria mais recursos públicos para a Saúde suplementar.
A proposta fere pressupostos constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e tende a agravar o sub-financiamento, drenando recursos para a saúde suplementar e concentrando os gastos do SUS em procedimentos de alta complexidade.
De acordo com o secretário estadual de saúde, Rui Arruda, a sugestão é uma aberração e fere os direitos civis, porque faz com que o Estado terceirize sua responsabilidade, agradando os empresários.
“O SUS é uma referência de política pública para o mundo. É inconcebível se pensar em um desmonte do Sistema Único de Saúde. Pelo contrário, o que tem que ser discutido é o seu aprimoramento como serviço de saúde universal à população brasileira. No Acre, mais de 95% da população é atendida pelo SUS. Por isso, enquanto secretário de estado vou defender, em qualquer instância, o fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde”, comentou.
Alguns conselhos regionais trabalhistas se pronunciaram diante do projeto.
Segundo o projeto, em 2038 apenas 50% da população terá acesso ao SUS, e o sistema seria privatizado.
Ainda de acordo com a federação, a outra parcela de usuários seria obrigada a contratar um plano privado ou pagar exames e consultas particulares caso precise de atendimento médico.
De acordo com a Promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Alessandra Marques, a proposta é fruto de insanidade, porque não beneficia os usuários do SUS e não atualiza o sistema, que hoje sofre com a extorsão de recursos extraídos por corruptos.
“Não é destruindo o SUS que vamos melhorá-lo. Essa proposta dos planos de saúde é uma verdadeira aberração, porque nós precisamos de um modelo que funcione e não que beneficie a classe mais rica da população. Devemos ir contra essa insanidade”, explicou.