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Menor computador do mundo vai ajudar em pesquisas sobre o câncer

Por TECHTUDO

Cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, criaram um computador menor que um grão de arroz, com apenas 0,04 milímetros cúbico. Suas dimensões são 90% inferiores às do antigo menor do mundo, da IBM. O microPC tem CPU desenvolvida a partir dos processadores Cortex-M0+, similares aos núcleos de um processador de celular. Além disso, o modelo tem memória RAM e sistema de geração de energia.

A ideia por trás do projeto é desenvolver um equipamento com capacidade de monitorar oscilações de temperatura bem pequenas em áreas microscópicas. De acordo com os pesquisadores, o aparelho poderá ser usado em pesquisas médicas sobre o câncer e a formação de tumores.

O menor computador do mundo é completo. Ele carrega, além do processador e memória RAM, um sistema de geração de energia a partir de um sensor fotovoltaico – semelhante ao de um painel solar – e um transmissor sem fio que também usa a luz para se comunicar. O aparelho funciona em conjunto com uma base externa, que emite um raio de luz para que o dispositivo gere energia e, em retorno, envie dados à mesma base.

Imagem compara o computador norte-americano a um grão de arroz (Foto: Divulgação/Universidade de Michigan)

Segundo os pesquisadores responsáveis pelo computador minúsculo, a ideia é que ele possa monitorar oscilações de temperatura de apenas 0,1º C em grupos pequenos de células no interior do organismo humano. Cientistas acreditam que células cancerígenas apresentam uma temperatura média um pouco maior do que as saudáveis em seu entorno. Detectar esses dados, portanto, poderia levar a uma compreensão maior sobre como o câncer se comporta, além de abrir uma nova frente entre as técnicas de diagnóstico precoce de tumores em estágio de formação.

Embora tenha componentes que permitam associar o dispositivo a um computador, como memória, CPU e capacidade de realizar operações, há uma discussão de cunho acadêmico que questiona o status de computador dado ao dispositivo. Segundo definições mais científicas, uma máquina precisa reter dados mesmo quando desligada – o que não ocorre no projeto da Universidade de Michigan. O “menor do mundo” anterior, da IBM, também esbarra na mesma limitação, já que, uma vez desligado, perde completamente dados retidos na memória RAM.

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