24 de abril de 2024

Vereador defende aumento da passagem e Tião finge não cobrar o ICMS mais caro do país

Desfaçatez

O vereador Eduardo Farias, do PCdoB da Capital, acabou por encontrar na imprensa acreana a grande responsável pelo aumento do preço da passagem de ônibus, que a partir deste final de semana passará a custar 4 reais ao trabalhador empobrecido pela lambança dos companheiros Lula e Dilma.

Lógica flatulosa

A lógica do camarada é tão sólida quanto os flatos – ou peidos mesmo, pra facilitar a conversa com o leitor – que costumavam soltar os ditadores da extinta União Soviética e o fanfarrão Hugo Chávez, morto por um câncer cuja metástase acabou por adoecer toda a Venezuela.

Quanta perspicácia!

Segundo sua excelência, o vereador do PCdoB, a imprensa trata de criticar o reajuste com o mesmo alarde que haveria de fazer caso os ônibus parassem de circular em Rio Branco.

Nada surpreendente

Não me surpreende que a crítica aos veículos de comunicação – tão-somente encarregados de informar ao público pagante o percentual do reajuste e outros detalhes pertinentes ao episódio – tenha vindo de um parlamentar comunista.

Típico de um esquerdista

Socialistas e comunistas de todo o mundo, onde quer que tenham chegado ao poder pelo voto ou pela força das baionetas, trataram de sufocar, tutelar ou se apoderar dos veículos de comunicação.

O Grande Irmão

Em Cuba, por exemplo, não existe um só jornal ou emissora de rádio ou TV nas mãos da iniciativa privada. Todos pertencem ao estado, ao Partido Comunista (PCC) ou entidades de classe que, por sua vez, estão submetidas aos primeiros.

De Maduro à podridão

Na Venezuela de Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, já somam 46 emissoras de rádio, três de TV e dois jornais que deixaram de funcionar graças à força do estado bolivarianista.

Panelinha

Da mesma caçarola dos companheiros e camaradas, a ex-presidenta Cristina Kirchner, da Argentina, tentou impor uma lei que obrigava os grupos empresariais a venderem boa parte de seus canais de TV e emissoras de rádio. Fracassada essa tentativa, ela passou a impor impostos escorchantes sobre a importação de papel, além de outras medidas que visavam acabar com o jornalismo independente.

Óleo fervente

No Acre do século XXI, silenciados uns e rebelados outros, todos os jornais são jogados na mesma frigideira em que queimam no azeite os conchavos entre governantes e empresários e o nossos cansados traseiros – de tantos pontapés que já levamos nestes vinte anos de petismo.

O que nos separa, doutor?

O vereador e médico Eduardo Farias tem o direito de pensar e dizer o que bem quiser da imprensa, mas, se dele dependesse, os jornalistas não poderiam fazer o mesmo em relação ao governo que ele defende. Eis a enorme diferença entre o comunista que se acostumou às benesses do poder e os poucos profissionais de imprensa que neste estado continuam a ter a coragem de retratar os descalabros ou opinar sobre eles.

Diga lá, camarada!

Ainda a propósito de Eduardo Farias, ele bem que poderia dizer a verdade sobre o alto preço das passagens dos coletivos, ao invés de arrumar um bode expiatório sobre o qual jogar a culpa. Ou os 25% de ICMS cobrados pelo governo sobre o óleo diesel desde que o PT chegou ao governo do estado, com Jorge Viana, não impacta nos custos dos que operam no setor?

Companheiros

Não menos estarrecedor do que o descaramento do Sr. Eduardo Farias foi a visita que o governador Tião Viana fez ao interior do estado, onde tratou de culpar o presidente Michel Temer pela roubalheira que a todos nos assola e todos os problemas decorrentes da bancarrota da economia nacional.

Questão de lógica

Se com uma média de 17% de ICMS sobre o preço do querosene, a aviação brasileira encolheu 5,5% em 2016, imagine o leitor o impacto de uma cobrança de 25% sobre o produto para as empresas de pequeno e médio porte que operam nos municípios mais isolados.

Maior ICMS do país

O Acre tem o ICMS mais caro do país, conforme se pode atestar pela reprodução feita aí abaixo, extraída do jornal EM, de Minas Gerais, o segundo colocado nesse ranking.

Nem jornalistas, nem carteiros

Tanto quanto o governador do PT se esquivou de dizer a verdade àquelas mulheres que o abordaram em sua chegada ao município, o vereador do PCdoB tratou de deturpar os fatos, como se um simples carteiro pudesse ser responsabilizado pela entrega de uma correspondência com notícias fúnebres.

A culpa é de quem, afinal?

O país passa por momentos difíceis, e o Acre se vê convertido numa terra sem ordem, onde a lei é imposta sob a mira das armas de fogo do crime organizado. E se a culpa não é dos que estão há vinte anos no governo estadual, e que lá em Brasília tiveram correligionários que mandaram (e causaram o maior desmando) no país por 15 anos, ela – a culpa –, só poderá ser nossa, que votamos ou deixamos vencer sucessivas eleições aqueles que nos tratam com desprezo e ainda nos subestimam a inteligência.

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