Em menos de quatro meses, o eleitor brasileiro decidirá que rumos o Brasil tomará. Após mais de uma década da aventura populista que resultou em três anos de forte recessão, taxas recordes de desemprego e corrupção escancarada, o país não suporta mais que erremos na escolha de seu governante.
O presidente de que o Brasil precisa tem de ter coragem para enfrentar aqueles que querem manter privilégios sob a bandeira do populismo. Seu perfil deve ser, além de um líder dotado de experiência político-administrativa, o de um liberal com claro e rigoroso compromisso de defesa da economia de mercado e da livre iniciativa.
O capitalismo não é perfeito, e provavelmente nunca resolverá suas imperfeições, mas é o melhor regime que temos para produzir e distribuir riquezas. É o único sistema econômico capaz de tirar milhões da miséria. Basta ver que, onde há mais capitalismo, onde mais se respeita e se estimula a iniciativa privada, é onde circulam mais riquezas, há menos desigualdade e mais justiça social. Precisamos de um capitalismo de fato, sem protecionismo nem intervencionismo e também sem monopólios.
Não será tarefa para um único mandato, obviamente, mas decisões ousadas devem ser tomadas.O panorama se revela desafiador para o próximo presidente da República. Não será tarefa para um único mandato, obviamente, mas decisões ousadas devem ser tomadas para que se reduza o tamanho do Estado brasileiro, um gigante que suga a maior parte das riquezas produzidas por empresários e trabalhadores. Trabalhamos cinco meses por ano para pagar impostos que vão para o buraco sem fundo do desperdício e dos privilégios. O país não pode mais esperar. O país não pode mais esperar. Temos de acabar de vez com o discurso do “tudo pelo social”, e impor uma política de meritocracia, de premiar quem trabalha e produz, de estimular a livre iniciativa e a busca pelo lucro, fazendo uma profunda reforma tributária, aperfeiçoando ainda mais as relações entre patrões e empregados, de forma que, em pouco tempo, possamos desativar os tribunais do trabalho por absoluta falta de ações entre patrões e empregados.
As responsabilidades serão estabelecidas em um contrato de trabalho, e eventuais querelas levadas a um juiz civil, como qualquer outra ação em que as partes discutem quem tem razão.
O fato é que o inchaço da máquina pública ocorre em todos os setores – Legislativo, Executivo e Judiciário. É preciso rever a estabilidade do servidor público tal como está, uma herança da Constituição de 88 que consolidou injustificáveis privilégios aos funcionários públicos.
Conduzir o Brasil para a retomada do crescimento de forma sustentável exige que o ocupante do Palácio do Planalto tenha capacidade administrativa e poder de articulação para negociar com o Congresso a agenda econômica e, ainda, que dê continuidade ao ajuste fiscal iniciado na atual gestão visando reverter a trajetória explosiva da dívida. Num cenário povoado por dezenas de partidos, é preciso rever o tal presidencialismo de coalizão, verdadeiro balcão de negócios da política.
Essencial e urgente é o encaminhamento das reformas previdenciária, administrativa e tributária. Elas significam o fim dos privilégios dos funcionários públicos, a redução do tamanho do Estado e o fim do chamado “manicômio tributário” que, com dezenas de tributos, estimula a sonegação.
O novo presidente da República que emergirá das urnas deve ter amplo apoio popular, ter pulso firme, inspirar confiança e credibilidade. Ser honesto e aberto ao diálogo, mas forte o suficiente para implementar as reformas, priorizando a segurança pública, a saúde e a educação. São esses os atributos que se exige daquele que terá a tarefa de promover a virada de página de que o Brasil precisa. Não o salvador da pátria, mas um líder comprometido com a democracia e o futuro.