“Se não tiver saneamento, não terá Expoacre”, ameaçam moradores de loteamento da capital

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Moradores do loteamento Fahrat agitaram a Câmara dos Vereadores de Rio Branco nesta quinta-feira (21), ameaçando barrar o início da Expoacre 2018, caso o trabalho de saneamento e asfaltamento iniciado pelo Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) em 2015, não seja retomado.

Os manifestantes, representados pela vereadora Lene Petecão (PSD), reuniram-se nesta manhã com os parlamentares Roberto Duarte (MDB), Artemio Costa (PSB), Eduardo Farias (PCdoB), Juruna (PSL), Manuel Marcos (PRB), Rodrigo Forneck (PT) e com um dos assessores da prefeitura de Rio Branco, quando buscaram alternativas eficazes para a situação de descaso.

Vários cartazes foram utilizados para mostrar a insatisfação dos residentes, que afirmaram ter nos últimos dias ‘a sacola como sapato’, para enfrentar o barro vermelho durante as chuvas e dinheiro gasto com desentupidoras que são contratadas por falta de saneamento no bairro.

Durante os discursos, o vereador Farias levantou a possibilidades de os protestantes procurarem a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), afirmando que a casa dos deputados possui mais força para convocar os responsáveis pelas obras, mas foi duramente  criticado por um dos moradores: “vocês foram eleitos para também nos representar”.

Além da proposta, o político também sugeriu uma conversa com o presidente do Depasa, na tentativa de resolver os problemas infra-estruturais.

De acordo com os populares, quando se aproxima o período da Expoacre, o estado faz um trabalho de limpeza, “maquiado” as ruas e realizando instalações de novas lâmpadas nos postes de energia.

Desde 2015, algumas empresas licitadas trabalham na reabilitação das ruas, mas desde lá, todas deixaram os serviços pela metade, por problemas que envolvem falência e falta de transparência nas documentações exigidas.

“Caso o problema não seja resolvido, não terá Expoacre esse ano”, expressou a moradora e dona de casa, Paulina Medeiros.

Artemio Costa também aproveitou o momento para incentivar uma reunião com membros do Ministério Público do Acre (MP), representantes da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb), tendo em vista que as ruas pertencem ao município, mas fazem parte de um pacto realizado entre Deracre (sendo este o responsável pela condução das obras) e prefeitura, também com a participação dos interessados diretos.

Após somar todas as ideias, o presidente da Câmara, Manuel Marcos, decidiu que é necessário aguardar uma devolutiva do Deracre e que, após a reunião, se nada for decidido, serão convocados pelo órgão, as autoridades do MP e Emurb. Mesmo aceitando a conclusão do legislativo, os moradores permaneceram com a atitude de paralisar a festa tradicional, caso nenhuma decisão seja tomada.