Noticiada na última terça-feira (12), a situação de 37 famílias segue marcada pela incerteza. O grupo, composto por moradores de rua, decidiu invadir várias casas abandonadas no Conjunto Rui Lino III. A situação já dura quase um mês, e até o momento, de acordo com os “novos” moradores, nenhum representante do governo do Estado compareceu ao local para questionar a movimentação nos espaços residenciais.
“Temos medo. Não temos pra onde ir, e se mandarem a polícia nos tirar daqui?”, confessou um dos moradores que pediu para não ser identificado.
RESPOSTA DA SEHAB
A equipe da ContilNet entrou em contato com a Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab), e através da assessoria, o órgão informou que “as casas do Rui Lino III são de responsabilidade da Caixa Econômica Federal, com quem os beneficiários assinaram seus contratos”.
Mesmo sem visitar a comunidade para prestar qualquer tipo de auxílio social, que é responsabilidade do órgão, a assessoria, no dia 4 de junho, a secretaria enviou um ofício à Caixa notificando a invasão, solicitando também que fossem tomadas as providências cabíveis para reintegração de posse das propriedades.
“Neste contexto, a responsabilidade da Sehab, hoje, se restringe em selecionar as 31 famílias que serão contempladas com essas casas, assim que passarem pela reforma. Para tanto, as assistentes sociais
da Sehab já se encontram realizando as visitas e selecionando as famílias que serão indicadas”, explicou a assessoria.
Questionados sobre a situação das famílias invasoras, caso as mesmas sejam despejadas, foi explicado também pela assessoria do órgão que “ocupação irregular de imóveis não é pré-requisito para estar inserido no programa de aluguel social. Há todo um acompanhamento do Estado pra analisar cada situação”.
RESPOSTA DA CAIXA
A equipe da ContilNet também entrou em contato com a assessoria da Caixa Econômica Federal. Sobre o caso apresentado, a Representação de Marketing, Comunicação e Cultura da Caixa informou apenas que “estão sendo adotadas medidas junto à Justiça Federal para reintegração de posse dos imóveis”.