Nome aos bois
Cinco deputados federais do Acre votaram a favor da CPI criada para atacar a Lava Jato – a maior operação já criada contra a corrupção no Brasil. São eles: Leo de Brito, Raimundo Angelim e Sibá Machado (todos do PT), César Messias, do PSB, e Flaviano Melo, do MDB.
Repeteco
É claro que o leitor já deve ter lido sobre o assunto por aí. Mas nós vamos reprisá-lo por se tratar de um tema de suma importância, correto?
Chicana
Sob a justificativa de “investigar as denúncias de irregularidades feitas contra Antônio Figueiredo Basto e outros, inclusive envolvendo escritórios de advocacia, ocorridas no âmbito de alguns processos de delação”, o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito é claro: frear a operação que já colocou atrás das grandes dezenas de larápios de colarinho branco, empresários, doleiros e lobistas, entre outros ladrões do dinheiro público – incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Mais baboseira
“É necessário investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas, o que indica fraude nos procedimentos e a possibilidade do envolvimento de agentes públicos. Esse é o objeto determinado”, afirma outro trecho do documento que pede a abertura da CPI.
Contramão da história
Enquanto os brasileiros pedem mais investigações e rigor contra os criminosos de colarinho branco, parte dos nossos representantes em Brasília trata de atacar aquela que se encarrega de fazer a maior assepsia política na história no país. Coisa de quem acha que se deve soltar os ladrões e prender os juízes.
É cada uma
E o pior de tudo é que o fazem sob o descarado argumento de é preciso investigar os investigadores da Lava Jato.
Ano de eleição
Em outubro deste ano voltaremos às urnas para eleger o governador do Acre, o presidente da República, dois senadores, deputados federais e estaduais. É bom estar atento ao que fazem aqueles que para nos representar em Brasília, em 2014.
Triste ranking
É difícil que se passe um só dia sem que tenhamos a notícia de pelo menos um assassinato na Capital do Acre. Depois de Rio Branco, a cidade de Cruzeiro do Sul se tornou a mais violenta do estado. E a depender da semana, a outrora pacata Cruzeiro se torna a campeã dos homicídios.
Com a barriga
O mais chocante, o mais inacreditável, indizível e asqueroso é que nossas autoridades deram para empurrar os presuntos uns para os outros.
Lá e cá
A vinda ao Acre do presidenciável Henrique Meirelles, do MDB, deixou isso bem claro. Instruído pelos aliados, Meireles tratou de empurrar a fatura da violência para o governador Tião Viana – que por sua vez não faz outra coisa senão querer debitar os mortos na conta do presidente Michel Temer.
Caras de pau
O governo federal tem, sim senhor, a sua parcela de responsabilidade. Mas os problemas na segurança pública vêm de muitos anos, e não deveriam ser atribuídos somente a Temer, como fazem os companheiros.
Desmonte? Cadê?
Mas o deputado federal Sibá Machado (PT) encontrou a raiz do problema: segundo ele, o presidente do MDB desmontou todos os programas planejados pelos governos petistas de proteção das áreas de fronteira.
Esclarecimento necessário
Resta apenas ao parlamentar esclarecer que programas foram esses. A coluna aguarda a resposta.
Nem aí
A verdade é que os companheiros estão pouco se lixando para quantos mortos temos por dia no Acre e no Brasil, tanto aos finais de semana quanto todos os meses.
É o que lhes importa no momento
Tanto faz que sejam dez, 50 ou 2 mil por ano os homicídios no Acre e no restante do país. O que importa no momento é parir o discurso, as metas e estratégias que façam o pré-candidato governista Marcus Alexandre (PT) chegar ao governo para romper as duas décadas de desastre no estado. E fazer de Lula um candidato em que se possa votar nas eleições presidenciais de outubro.
E por falar no rabo…
A defesa do ex-presidente Lula apresentou um pedido alternativo caso a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal não determine a suspensão da prisão do petista no próximo dia 26.
Mel na chupeta
Os advogados de Lula pedem no requerimento enviado ao STF prisão domiciliar para o seu cliente, em substituição à decisão de segunda instância que o enviou à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista cumpre pena de mais de 12 anos.
Resistência
Mas ao que se sabe, a vida dos companheiros não será nada fácil. O pessoal da toga no STF já se opõe ao pedido dos defensores do presidiário mais famoso do Brasil.