Após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, determinar o arquivamento dos Inquéritos de nº 4.244 e 4.393, nos quais eram investigados o governador Tião Viana (PT), e os senadores Aécio Neves (PSDB) e Jorge Viana (PT), Tião Viana usou sua página no Facebook para comemorar a decisão da Justiça dizendo que passou os últimos cinco anos sendo vítima de injúria, calúnia e difamação, que segundo ele, é fruto de uma epidemia de ódio.
“Compartilho a alegria da inocência vitoriosa sobre a mentira. Essa alegria vitoriosa ocorre pelo arquivamento do último processo em que me imputavam dúvida ética em eleições”, escreveu.
Viana relata que o processo deixou marcas profundas e dolorosas, e ainda chamou a mídia, de fascista e denuncista. “As marcas que ficam são dolorosas e profundas, pois, quase três anos antes da inocência ser declarada, eu estava saindo para celebrar o casamento da minha primogênita, quando ouvi a chamada principal do “Jornal Nacional”, com aquela sanha fascista e denuncista, dispensando minutos contra a minha honra e sem me permitir o direito nem a menor oportunidade de defesa: era mais um capítulo do ódio ao meu partido, o PT”, frisou.
Viana lamentou, também, sua tristeza em não ter mais seu pai vivo para testemunhar sua inocência. “Meu pai, falecido há um ano e sete meses, sequer pôde ver a minha inocência emergir novamente”, ponderou.
Confira na Nota
“Passados mais de cinco anos sendo vítima de injúria, calúnia e difamação, consequência dessa epidemia de ódio, julgamento fácil, condenação infame, vendo o assassinato de virtudes civilizatórias como confiança, respeito, boa-fé, verdade, e outros valores, compartilho a alegria da inocência vitoriosa sobre a mentira.
Essa alegria vitoriosa ocorre pelo arquivamento do último processo em que me imputavam dúvida ética em eleições.
O primeiro já havia ido para arquivamento há dois anos, sendo defendida a minha absolvição pela Subprocuradora Geral da República, doutora Ela Wolkmer Castilho(relatora) e seguida, por unanimidade, pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça.
As marcas que ficam são dolorosas e profundas, pois, quase três anos antes da inocência ser declarada, eu estava saindo para celebrar o casamento da minha primogênita, quando ouvi a chamada principal do “Jornal Nacional”, com aquela sanha fascista e denuncista, dispensando minutos contra a minha honra e sem me permitir o direito nem a menor oportunidade de defesa: era mais um capítulo do ódio ao meu partido, o PT.
Após minutos, entrei na cerimônia levando a minha filha para as bênçãos do padre Massimo e o sacramento do juiz civil. Ali eu sabia da minha honra e inocência. Mas quantos já estavam contaminados pelo veneno da maledicência, do ódio e da manipulação? Tantos amigos, parentes dela e do meu genro?
Meu pai e minha mãe, pessoas mais honradas não conheci, toda uma vida simples, octogenários, sem poderem fazer nada, nem tempo para se indignarem e verem a injustiça reparada.
Os adversários políticos se portando como inimigos, saboreando o julgamento da conveniência, do ódio, da injúria.
Ressalte-se, como eu disse à época, eu sequer tinha visto ou falado, alguma vez, com a pessoa autora da insinuação contra mim.
Pois bem, logo adiante veio mais uma denúncia sobre suposto ilícito eleitoral. E mais uma vez o calvário do constrangimento, da injustiça e desonra. Sem, também, sequer ter visto ou encontrado ou falado com qualquer denunciante.
Novamente o espetáculo de mídia, com a mentira e o ódio, sem o direito à defesa deu tom.
Os inimigas a se locupletarem.
Meu pai, falecido há um ano e sete meses, sequer pôde ver a minha inocência emergir novamente.
Quantas idas e vindas a Brasília para prestar depoimentos, esclarecimentos com os magníficos advogados Dr. Eduardo Ferrão e Dr. José Rollemberg, os quais fizeram questão de dispensar custas advocatícias a mim, pois sabiam que eu não teria condições de lhes pagar.
Minhas palavras a eles:
“Caros Dr. Ferrão e Dr. Rollemberg,
Imaginem a sensação de, após um longo período, tomar um banho e se sentir completamente limpo, onde as sujeiras, as dúvidas imputadas, vômitos, eructações , as abjetas injúria, calúnia e difamação, submergem para os Arquivos dos injustiçados.
Assim estou me sentindo, passados mais de cinco anos dessa infâmia e outra já arquivada, que haviam me levado aos corredores da suspeição e condenação antecipadas.
Devo o resgate da minha honra aos senhores, Dr. Ferrão e Dr. Rollemberg. Não tenho a menor ideia de como lhes agradecer; também posso dizer o quanto foi bom nosso diálogo sempre fraterno, sereno, sincero, sob um manto de larga experiência e competências da advocacia.
Os visitarei em breve para agradecer e confirmar minha gratidão por toda a vida”.
Minhas filhas, meu filho de quinze anos e esposa, confiando completamente em mim, mas sentindo a dor da calúnia e da difamação.
O meu irmão Jorge Viana, com uma formidável contribuição ao Acre, também foi duramente atacado neste caso e estará externando seus sentimentos.
Enfim, faço política por acreditar que ela é a maneira efetiva de oferecer o melhor de mim às pessoas, sobretudo aos mais simples, injustiçados e excluídos.
Nestes tempos de tanta escassez de solidariedade humana e coragem cívica, agradeço a cada homem e mulher, do Acre e do Brasil, que teve comigo a sincera confiança e defendeu minha inocência.
Graças a Deus, caminho de cabeça erguida, olhando nos olhos de qualquer um, sem nunca ter feito mal a ninguém, dando o melhor de mim, e pegando essa mistura da vida para transformar tudo em alegria, esperança, trabalho e boa-fé.
Tião Viana