Em visita à cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, conheceu a primeira Vara de Proteção à Mulher em Situação de Risco da região e ouviu os relatos dos desembargadores e juízes do Acre sobre o crescimento exponencial da violência no Estado.
De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a onda de violência no Estado foi citada por todos os participantes e isso fez parte, inclusive, da fala do secretário-geral do CNJ, Júlio Ferreira Andrade, que participou da viagem.
“A violência foi relatada por todos: desembargadores e juízes. Houve um aumento da criminalidade e da população carcerária”, contou Júlio.
Quem também falou sobre o atual momento de fragilidade do Estado foi Samuel Evangelista. Para ele, por ser um estado de fronteira, o Acre se tornou um corredor para passagem de drogas decorrente do tráfico. “Há uma grande preocupação com a atuação de organizações criminosas”, contou o desembargador.
A ministra não comentou sobre a violência. Além das atividades, ela conheceu a única vara de proteção à mulher do interior do estado, além de ter sido agraciada com a maior honraria da Justiça do Acre: em Sessão Solene Especial, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Denise Bonfim, concedeu à ministra Cármen Lúcia o Colar do Mérito Judiciário.