Quibe de arroz, baixaria, tacacá, rabada no tucupi, são iguarias que a maioria dos acreanos gostam. Quem mora fora do estado sente falta, mas a Casa Tucupi levou do Acre para São Paulo esse gostinho de comida nossa terra.
Amanda Vasconcelos é a chef e responsável pelo projeto. Acreana, nasceu em Rio Branco, mas em 2011 foi morar em São Paulo.
“Vai fazer cinco meses que o restaurante abriu. Abrimos dia 8 de março. O projeto da Casa Tucupi surgiu aos poucos. No começo era uma coisa bem crua, comecei a cozinhar para mim e amigos próximos”, conta Vasconcelos.
“No início o nome do projeto era Tucupi e a gente usava Tucupi Food, porque era uma cozinha itinerante, aquela ideia de comida de rua, estilo fast food, onde você come em pé. Quando mudamos pensamos em como mudar esse nome, porque Tucupi Food não tinha nada a ver com a casa”.
“Depois de um tempo achamos que “casa” tem tudo a ver, porque o restaurante é uma casa. Foi assim que virou Casa Tucupi”, explica a chef.
Neste domingo (29) a Folha de São Paulo publicou em seu jornal e revista na editoria “O Melhor de São Paulo” uma crítica elogiando o restaurante e a comida.
Amanda usou como base as receitas típicas de sua mãe, avó, tias, e das moças que trabalharam na casa de sua família. “Precisei aprender as receitas pela minha família e amigos próximos porque não consegui referência bibliográfica”.
A maior dificuldade de Amanda atualmente para manter a casa funcionando é o fornecimento de produtos típicos da Amazônia. “Acredito que a maior dificuldade das empresas acreanas é trazer os produtos do Acre para São Paulo seja o transporte. Como tudo que é congelado vêm de avião, o transporte sai extremamente caro e são poucas coisas que consegue vir pela estrada”.
“Fornecedor acreano tenho a Miragina, que me envia os produtos de castanha e óleos de castanha, e meus pais, que compram farinhas, peixes e me enviam. Agora estou em busca de fornecedores acreanos de tucupi e jambu, que eu compro de fornecedores do Pará, junto com camarão, caranguejo, goma e sorvetes da Cairu”.
Segundo a chef, a aceitação do público está sendo muito boa. Muitos acreanos e pessoas da região Norte têm frequentado. “Os paulistanos também vêm em busca de novos sabores e adoram. Também recebemos gringos que querem conhecer esses sabores da Amazônia e não tem a oportunidade de conhecer”, finaliza Amanda.