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Depois de polêmica no Senado e alarido de empresários, governador libera dinheiro para as polícias

Por ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET

concept of social inequality. Rich and poor men stand on money

Trocado

O governador Tião Viana, acuado pelo coro dos descontentes quanto à política do seu governo – ou a falta dela – na área da segurança pública, resolveu destinar, de última hora, 3,2 milhões de reais para as atividades das polícias Civil e Militar.

Só assim pra tomarem providência

A iniciativa só foi tomada depois do que houve no Senado, naquele entrevero retórico entre os senadores Sérgio Petecão (PSD) e Jorge Viana (PT), que resultou na ida de parlamentares da bancada federal acreana ao Palácio do Planalto para pedir socorro ao presidente Temer e ao ministro Raul Jungmann (Segurança Pública).

Sinergia

Em seguida foi a vez dos empresários ligados à Associação Comercial do Acre (Acisa) se mobilizarem para pedir providências contra a criminalidade. Em Cruzeiro do Sul, representantes do setor também exigiram providências.

Dinheiro há

A liberação dos R$ 3,2 milhões anunciada no Diário Oficial do Estado de ontem, quarta (19), é uma prova cabal de que há recursos para as ações policiais. E se não há o suficiente, é porque o comportamento perdulário do atual governo não leva em conta as prioridades e o sofrimento da população. Dou dois exemplos.

Pindaíba

Quem se der ao trabalho de ir ao Portal da Transparência do governo do Acre verá que não consta nenhuma destinação de recursos públicos ao Fundo de Reaparelhamento Policial (Furepol). Nenhum tostão furado.

Nababos

Em contrapartida, outros órgãos do governo continuam a gastar como se dinheiro brotasse em árvore. É o caso, por exemplo, do Gabinete da vice-governadora Nazaré Araújo, que só nestes primeiros meses de 2018 já torrou mais de meio milhão de reais.

Exemplo 2

O segundo exemplo é a inútil Secretaria de Política para as Mulheres – um cabideiro de empregos no qual estão penduradas as companheiras sempre de prontidão para fazer arruaça contra os agressores de mulheres, desde que eles sejam da oposição, claro! Entre janeiro a julho, o custo da nulidade foi superior a R$ 458 mil.

Aritmética da gastança

Pois bem, somando-se os gatos do gabinete da vice de Tião Viana às despesas da Secretaria da Mulher, a fatura se aproxima de R$ 1 milhão – fora os régios salários pagos aos que não costumam dar um prego numa barra de sabão.

Resultado que é bom…

E qual o resultado prático das ações de órgãos que tantos recursos consomem em diárias, locação de veículos e equipamentos, lavagem de tapetes e consultorias que ninguém sabe para que servem? Nenhum!

Resumo da ópera

Longe de criticar a iniciativa – ainda que tardia – de liberar dinheiro extra para as polícias, o que se tenta mostrar aqui é que o atual governo é imensamente pródigo em alguns setores comprovadamente improdutivos, ao passo que desdenha a imprescindível aplicação de recursos em áreas nevrálgicas do setor público.

Choro

Ah, e já ia me esquecendo: e além de toda a gastança inócua, haja chorumela contra os cortes orçamentários feitos pelo governo de Michel Temer!

Beco sem saída

A dissolução da chapinha para deputado estadual e federal dentro da aliança de Gladson Cameli, pré-candidato ao governo pelo Progressistas, colocou o ex-deputado estadual Jamyl Asfury, do PSC, numa sinuca de bico.

O último a sair apague a luz

Antes formada por PTB, PPS, SD, PMN, PTC e PSC, a congregação partidária, pelo menos em parte, se rendeu à tese da chapa única. Com o PTB de Charlene Lima e o SD de Vanda Milani com os pés dentro do chapão, a tendência, segundo fonte da coluna, é que Rosana Nascimento, do PPS, e Valdete Souza, do PMN, sigam pelo mesmo caminho.

Avaliação

O dilema das demais siglas está relacionado à tibieza do PSC de Jamyl, cuja lista de pré-candidatos à Aleac se resume à esposa, a pastora Sandra Asfury. E entre afundar de braços dados com ela e arriscar-se no chapão, a segunda opção soa mais atraente para os dirigentes paridários.

De um lado pro outro

Sozinho, Jamyl já fala em voltar à Frente Popular, onde se refugiou após eleger-se deputado pelo DEM. Desejoso de um dia chegar ao Senado, por enquanto Asfury precisa preocupar-se mesmo é em providenciar o caminhão da mudança.

Pesos e medidas

Na avaliação do colunista, a adesão ao chapão onde reinam, em tese, nomes fortes como o de Flaviano Melo, Jessica Sales, Alan Rick, Gelen Diniz, Eliane Sinhasique e Roberto Duarte, entre outros, pode até ser um mau negócio para os nanicos. Mas é ótimo para os pré-candidatos majoritários Marcio Bittar (MDB), Sérgio Petecão (PSD), e principalmente para Gladson Cameli.

Questão de prioridade

A propósito, a coluna aposta num entendimento entre o MDB e o Progressistas. Não dá pra correr o risco, em nome de candidaturas proporcionais, ter prefeitos emedebistas de braços cruzados na campanha do senador ao Palácio Rio Branco.

Desistência

O presidente da Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul, Romário Tavares (MDB), revelou à coluna ter desistido de disputar uma cadeira na Aleac.

Decisão difícil, mas tomada

Aliado do prefeito Ilderlei Cordeiro, do Progressistas, e também apoiador de longa data do emedebista Vagner Sales, Romário admitiu que vai de Jessica Sales para o Senado.

Plantel

Em Cruzeiro, no que se refere aos vereadores, quatro são postulantes ao parlamento estadual: Elenildo da Pesca, Marivaldo Figueiredo e Lucila Brunetta (todos do Progressista), além de Mariazinha, do PHS.

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