“Depois dos votos, se esquecem da gente”, diz mulher que foi expulsa de invasão no Joafra

A situação dos invasores no bairro Joafra continua passando por tumultos e reivindicações na Capital acreana. Na manhã desta quinta-feira (26), diversos invasores se reuniram na Praça da Revolução, localizada no Centro de Rio Branco, para pedir um retorno das autoridades sobre a situação que afeta cerca de 200 famílias acreanas.

Invasores se reuniram na Praça da Revolução nesta quinta (26) (Foto: Reprodução)

Daniele Oliveira da Silva, 27 anos de idade, relatou à equipe da ContilNet que as forças policiais “derrubaram tudo” no local e não deram maiores explicações sobre a posse da propriedade.

“Estamos há cerca de um mês e cinco dias na invasão [do bairro Joafra]. São duzentas famílias que estão nessa situação. Ontem (dia 25 de julho), foram alguns policiais na área e derrubaram tudo, mas não mostraram documentos e não nos explicaram nada. Foram grosseiros com a gente. Não apareceu nada e nem proprietário da terra. Estamos querendo saber de quem é a terra para podermos conversar com essa pessoa. Se o nosso dever é pagar luz e outros impostos, o dever do governo é nos dar moradia. Estamos esperando o posicionamento deles, porque daqui alguns meses estão cobrando nossos votos, e quando a população vota, eles se esquecem da gente”, disse Daniele.

“Queremos moradia!”, diz um dos cartazes expostos na Praça da Revolução (Foto: Reprodução)

Na manhã desta quinta (26), representantes dos invasores estão sendo recebidos pelo governador Tião Viana e sua equipe para debater as medidas cabíveis, visando o auxílio às famílias que não possuem moradia própria.

“DIVERSAS SITUAÇÕES”

O coronel Cleudo explicou um pouco sobre a situação dos invasores à ContilNet. De acordo com Cleudo, as ações constituem crime com pena prevista de reclusão.

“No dia 3 de julho já houve outra ação no mesmo local. As ações [no bairro Joafra] são em cumprimento à legislação que trata do parcelamento irregular do solo, que constitui crime com pena prevista de reclusão. Como ali está uma situação de flagrância, é dever do poder público fazer a intervenção. Paralelo a isso, também tem o código de postura do município, e o Ministério Público do Acre (MPAC) tem cobrado o cumprimento da legislação. Dentro dessa situação, existem diversas situações, nada é tão simples. Em outros casos, temos até conhecimento de pessoa anunciando na OLX a venda ‘do terreno'”, explicou o coronel.

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