Um homem de 25 anos foi preso na tarde de terça-feira (17) em Capivari de Baixo, no Sul do estado, suspeito de agredir a filha de dois meses, que está internada em estado grave. Para a Polícia Civil, a mãe disse que as agressões eram constantes, pois o marido dizia que a menina não seria filha biológica. Ela também será investigada por possível omissão.
A Polícia Civil foi acionada pelo Conselho Tutelar de Capivari de Baixo, depois que a bebê foi internada na manhã de terça com lesões diversas no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Ela passou por uma cirurgia e nesta quarta-feira (18) está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
“Segundo relato dos médicos, de fato, a criança apresentava múltiplas fraturas pelo corpo. Mas, o que mais agravou foi uma agressão na cabeça que teria provocado afundamento de crânio. A princípio não dá pra precisar qual instrumento tenha sido utilizado, mas a gente acredita que foi um soco”, disse o delegado Vandilson Moreira da Silva.
Ainda conforme a Polícia Civil, a criança já tinha fraturado as costelas e sofrido outras lesões em outras ocasiões. Nos casos anteriores, a família alegava acidentes domésticos, como queda de berço e conflito com irmãos, mas os médicos descartaram as hipóteses.
A Polícia Civil foi até a casa da família na terça. A mãe inicialmente negou as agressões do marido, que é servente de pedreiro, mas depois confessou os crimes. Ela ainda diz que a desconfiança dele se dá pelo fato da menina não ter as características fisiológicas dos demais filhos e que pretendia fazer exame de DNA para comprovar a paternidade.
Segundo o delegado, a criança tem na certidão de nascimento registrado como pai, o nome do suspeito preso.
O homem deve responder por maus-tratos e tentativa de homicídio. A Polícia Civil ainda aguarda um laudo pericial para confirmar as agressões. A prisão foi em flagrante e o delegado representou pela prisão preventiva. Ele está detido no Presídio de Tubarão.
A mãe será investigada e pode responder pela omissão do caso. “Pelo fato de ela ter conhecimento que o suposto agressor é seu companheiro e não ter comunicado à polícia”, completou o delegado.