Depois de percorrer as cinco regionais do estado ouvindo os anseios de suas lideranças empresariais, o “Movimento Por Um Acre Mais Produtivo” retornou à capital, Rio Branco, com o documento de propostas consolidadas para melhoria do ambiente de negócios e geração de empregos a ser entregue nas mãos dos pré-candidatos ao governo. A versão final foi apresentada na manhã da última terça-feira, 17 de julho, na Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio), com a presença de representantes dos diversos segmentos que formam o setor produtivo local.
Apesar de diversas vezes ressaltado que o documento está permanentemente aberto a alterações, as sugestões e gargalos de todos os empresários são praticamente os mesmos e imutáveis: complexidade do ICMS, informalidade, burocracia, impostos, produção, comércio exterior, infraestrutura, licenciamento e exigências excessivas nas questões ambientais.
“Passamos por todo o estado ouvindo os empreendedores e anotando suas sugestões. O movimento visa à contribuição do setor privado para o desenvolvimento do estado e é muito gratificante saber que estamos fazendo isso com a validação dos empresários, sendo bem recebidos por eles e provocando a união de todos”, comemora José Adriano, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC).
Para Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeac), o Movimento Acre Mais Produtivo surgiu da união das entidades e lideranças empresariais que enxergam a necessidade de o estado passar por um “choque de desenvolvimento e produtividade”. “É um movimento político-empresarial que visa destravar uma teia em que nós nos enveredamos, de burocracia e de improdutividade, que precisa de solução. Quisemos extrair as melhores ideias e juntá-las em um modelo de desenvolvimento para apresentar para o próximo governo, seja ele quem for”, frisou.
As propostas foram organizadas em dois grupos, denominados “Propostas Estruturantes” e “Demais Propostas”, sendo que o sucesso deste último grupo depende do primeiro. Após todo o ciclo de apresentações e debates, o Movimento Acre Mais Produtivo obteve adesão de aproximadamente 50 entidades, entre elas o Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Acre, cuja presidente, Nazaré Cunha, esteve presente em diversos encontros e afirmou estar esperançosa com o projeto.
“Espero que nós lutemos para ter sucesso com essa iniciativa, pois não há como o nosso estado crescer se não temos uma ponte, não temos estrada, não temos energia suficiente, a nossa gasolina é a mais cara. Quem serão os nossos empresários do futuro? Nem nossos filhos querem ser, pois eles veem a carga que carregamos. Na visão de nossos governantes, nós somos ladrões e sonegadores”, desabafou.
A presidente da FIEAC em exercício, Adelaide de Fátima Oliveira, agradeceu a contribuição e esforço de todo o setor produtivo para a elaboração das propostas. “Só tenho a parabenizar e agradecer a todos por atender ao chamado. Essa vitória será de todos nós, pois quando nos esforçamos, a vitória está garantida”, finalizou.