A greve de fome deflagrada pelos integrantes do sistema prisional em todo o estado possibilitou que o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) destinasse alimentos a centros de recuperação de dependentes químicos e comunidades carentes. Só em Rio Branco são cerca de 3,5 mil itens alimentícios a cada refeição – pães e café com leite pela manhã e marmitas no almoço e jantar.
Segundo a direção do Iapen, a principal reivindicação dos presos diz respeito às visitas feitas a eles por ‘amigos’ e ‘amigas’, cuja periodicidade mensal está estabelecida na Lei de Execuções Penais. Eles exigem visitas semanais, conforme permitido a familiares e parceiras conjugais. A greve de fome começou na última segunda-feira (13), quando o órgão negou a concessão da regalia.
Desde então, as três refeições oferecidas diariamente pelo estado têm sido rejeitadas pelos detentos.
A administração do Iapen, por sua vez, se recusa a atender a reivindicação dos grevistas, argumentando que todos os direitos previstos na legislação penal estão sendo cumpridos.
Para que as refeições destinadas aos presos não se percam, elas têm sido doadas a instituições como a “Casa de Recuperação Reconstruindo Vidas para o Reino de Deus” e a “Associação Beneficente Caminhos de Luz”, que oferecem tratamento a dependentes químicos.
Famílias carentes que residem na imediações dos centros de recuperação também estão recebendo alimentos.
Com informações e imagens do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen)