Gladson Cameli não poupa estocadas no PT e com isso quebra monotonia de sabatina

Sem meios-termos

O senador Gladson Cameli (Progressistas) não poupou o governo do PT durante a entrevista que concedeu ontem, sexta (24), aos jornalistas Luís Carlos Moreira Jorge, Fabio Pontes e Nelson Liano Jr., do site ac24horas. O programa, transmitido ao vivo pela internet, encerrou a rodada de sabatinas com os candidatos ao governo do Acre.

Chapa quente

Morna até então, a temperatura subiu graças à acidez e à mordacidade de suas respostas. Desenvolto, Gladson ainda mandou o recado de que não será presa fácil nos debates – conforme acreditavam os adversários. Além disso, mostrou-se ciente da vantagem que o desgaste do PT e de Tião Viana lhe darão nos futuros embates.

Na ponta da língua

Não obstante ter respondido a duas ou três perguntas de forma genérica, Gladson, no geral, foi feliz nas respostas. Sobretudo àquelas questões originadas da contrapropaganda diuturnamente martelada pelos adversários petistas.

Bateu, levou

Perguntado, por exemplo, sobre o que acha do discurso segundo o qual ele não dispõe de experiência para administrar o estado, o candidato foi ferino: “Experiência igual a deles? Experiência igual a do candidato do PT, com a Polícia Federal batendo na minha porta de manhã? Não, essa experiência eu não quero ter”.

Remember

Convém lembrarmos que no dia 30 de setembro de 2017, o ex-prefeito de Rio Branco e ex-diretor do Deracre Marcus Alexandre foi conduzido de forma coercitiva à sede da Polícia Federal para depor no âmbito da Operação Buracos.

Mutirão

Juntos, Ministério Público Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, Receita Federal e PF investigavam o suposto desvio de R$ 700 milhões dos cofres públicos em obras realizadas nos estados do Acre, Rondônia e São Paulo. A foto aí abaixo foi divulgada pela PF, na época. O dinheiro que aparece na imagem foi apreendido na residência de um dos indiciados. Marcus Alexandre nega as acusações.

Na ferida

Mordaz, Gladson também não perdeu a oportunidade de fustigar os adversários políticos quando indagado sobre a sua origem abastada. “Graças a Deus sou de uma família rica. Prova de que somos competentes pra administrar. Prova de que sei o valor que o dinheiro tem. Eles [seus opositores do PT], ao contrário, agem como se o estado fosse uma empresa particular”.

Trem da alegria

Sobre os mais de 2.100 aliados e correligionários que infestam as repartições públicas estatais, o candidato progressista afirmou que reduzirá o número de comissionados. “Vamos enxugar a administração. Apenas quem trabalha será nomeado. Vou extinguir os cargos de marajás [que existem] no governo. E convocar os concursados”, assegurou.

Primo rico e primo pobre

Segundo Gladson Cameli, que promete um ‘choque de gestão’ no governo caso vença as eleições, a administração estadual é composta atualmente por 67 instituições públicas. “São Paulo tem 25”, comparou.

Afronta

Em relação aos ‘marajás’ do atual governo, o Portal da Transparência do Acre revela que eles são formados por um grupo de 23 secretários-adjuntos, que têm renda mensal de R$ 19 mil, 16 assessores especiais, com proventos que variam de R$ 13,4 mil a R$ 19,9 mil, e diretores, que ganham, em média, R$ 15 mil por mês. A despeja gira em torno de R$ 20 milhões por ano. E, claro, essa fatura é liquidada por todos nós.

Adendo

Ainda sobre esse assunto, é preciso ressaltar que o petista Marcus Alexandre é o único entre os cinco candidatos ao governo a defender a manutenção dos mais de 2,1 mil cargos de confiança criados por Tião Viana. Foi o que revelou a sabatina do ac24horas.

Registro

O instituto RealTime Big Data registrou ontem (24), no Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral, mais uma pesquisa de intenção de voto. É provável que nos próximos dias tenhamos mais dados sobre as eleições para o governo e Senado da República. E mais alarido das torcidas adversárias.

Celeuma

A propósito, ontem também foram divulgados os dados de uma nova pesquisa de intenção de voto realizada no Acre pelo Vox Populi. Acompanhei as manifestações dos internautas em grupos do aplicativo WhatsApp e no Facebook, e a polêmica foi semelhante à gerada pelos números do Ibope.

É cada uma!

Vasculhei a internet atrás das projeções eleitorais do instituto nas eleições de 2010 e 2014, e elas nem chegaram perto do resultado das urnas. O site acjornal, por sinal, publicou matéria sobre a sondagem, e reproduziu mensagem do assessor Antônio Monteiro (um dos marajás do governo do PT), divulgada no WhatsApp. Antes mesmo que os números viessem a público, Monteiro se vangloriava: “(…) terremoto mesmo vai sentir é a oposição quando for anunciada a pesquisa da Vox Populi”.

Acredite se quiser

De volta ao Ibope, a tática dos companheiros consiste agora em desqualificar a pesquisa recém-divulgada, na qual Marcus Alexandre aparece empatado com Gladson Cameli. Na mensagem mencionada aí acima, Antônio Monteiro diz que os números do Ibope teriam sido ‘manipulados pela Globo’. A persistir essa tendência de crescimento, em breve Marcus Alexandre deverá chegar a um percentual bem próximo dos 100%.

Feitos de coerência

Durante minha varredura digital em busca de informações sobre o Vox Populi, me deparei com uma publicação do jornalista Josias de Souza, de agosto de 2017, na qual ele lista os 108 deputados federais que mantiveram a coerência de votar pelo afastamento tanto de Dilma Rousseff (PT), quanto de Eduardo Cunha e Michel Temer (ambos do MDB).

Política e retidão

Fui ver a relação e encontrei apenas um nome entre os oito deputados federais que na Câmara compõem a bancada acreana: o do meu colega jornalista Alan Rick Miranda, do DEM.

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